Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 53ª Delegacia de Polícia de Araguacema, concluiu nesta quinta-feira (11) as investigações acerca do furto de gado ocorrido em uma Fazenda, localizada na zona rural do município, entre os anos de 2024 e 2025. Como resultado do encerramento do inquérito policial, três pessoas foram indiciadas por furto de semovente, receptação de semovente e associação criminosa, e outras 29 pessoas envolvidas no esquema criminoso foram indiciadas por receptação culposa.
De acordo com o delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, responsável pelo caso, as apurações da PC/TO comprovaram que ao menos nove cabeças de gado da raça Nelore foram furtadas e abatidas na própria fazenda, sendo a carne posteriormente revendida na cidade de Araguacema.
As investigações apuraram que o autor principal do crime seria um homem de iniciais E.S.S., de 32 anos, que trabalhava como vaqueiro na propriedade. Ele contava com o apoio de um casal, sendo uma mulher de iniciais K. M. F. N., e um homem de iniciais E. R.C., que intermediavam as vendas, organizavam grupos de WhatsApp e realizavam as entregas aos compradores.
O inquérito policial concluiu pelo indiciamento de E.S.S., pelo crime de abigeato (furto de semoventes), além de associação criminosa. Já a mulher e E.R.C., foram indiciados por receptação de semoventes e também por associação criminosa, diante da atuação ativa na revenda clandestina da carne.
Com o aprofundamento das diligências, ainda foi possível identificar a participação de 29 pessoas que adquiriram a carne oriunda dos animais furtados, todas autuadas por receptação culposa, uma vez que as circunstâncias da negociação (preço abaixo dos normalmente praticados no mercado, entregas noturnas e origem duvidosa, e ainda por serem apenas cortes de carne de primeira) deveriam ter levantado suspeitas quanto à procedência ilícita.
O delegado Antônio Onofre ressalta que “a investigação revelou uma atuação organizada, que funcionava com divisão de tarefas e movimentações financeiras compatíveis com o comércio clandestino de carne, restando demonstrada de forma clara a autoria e a materialidade dos crimes”.
O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais cabíveis.
Pronto, mestre