Em relatório publicado nesta quinta (21), o IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês) afirma que as tarifas estão “claramente” alimentando a inflação americana, com os preços de importação e de produtores subindo à medida que os estoques de reserva se esgotam.
De acordo com a nota, também as restrições à imigração nos EUA estão apertando a oferta de mão de obra, o que reduz o ponto de equilíbrio da criação de empregos e distorce sinais.
Para o instituto, com as tarifas elevando os custos e as restrições à imigração apertando a oferta de mão de obra, a questão da política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) não é sobre se é hora de cortar os juros, mas sobre quando as reduções podem começar sem o Fed perder sua credibilidade.
“O Fed está limitado de cortar sem uma desinflação mais clara, mas enfrentando riscos crescentes de inflação impulsionada pela oferta”, diz o texto, ao ressaltar que a questão-chave não é quando a inflação cairá, mas se ela subirá novamente antes que o crescimento desacelere de maneira firme.
O IIF ainda avalia que a demanda parece resiliente, embora sinais de estresse estejam surgindo entre as famílias de baixa renda.
Ainda de acordo com o relatório, a manufatura e a construção privada estão enfraquecendo sob o peso das tarifas e das condições financeiras mais restritivas.