O custo para os brasileiros dos alimentos básicos diminuiu em 15 capitais e aumentou em outras 12, de acordo com a Análise Mensal da Cesta Básica de Alimentos, pesquisa lançada nesta quarta-feira (20/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o qual é o executor do levantamento.
O anúncio da parceria e a apresentação dos dados desse primeiro estudo foi realizado nesta quarta-feira, no auditório da Conab, em Brasília (DF), e simultaneamente, nas dez capitais que passam a ser incluídas nessa análise a partir de agora.
De acordo com a pesquisa, a queda foi puxada pelo menor preço do arroz, carne bovina, açúcar e feijão. O levantamento ainda mostra que São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 865,90), seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
A participação da Conab na pesquisa é resultado da parceria entre as instituições e possibilita ao Dieese ampliar a coleta de preços de alimentos básicos de 17 para 27 capitais brasileiras. Agora, em Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Teresina (PI) e Porto Velho (RO) o preços da cesta básica de alimentos passa a ser o monitorado, cobrindo, assim, todo o território nacional.
“Estamos fazendo aqui uma reparação histórica também. Dez estados importantes da federação, especialmente do Norte e Nordeste, que não tinham um levantamento do custo dos produtos que vai para a mesa da população, agora eles têm. Isso dá possibilidade para o governo federal se antecipar na formação de políticas públicas”, destacou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Presente no evento de lançamento da parceria entre Conab e Dieese, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, reforçou a importância da ampliação do monitoramento dos preços dos alimentos que compõem a cesta.
“O índice passa a ser mais abrangente. Isso vai dar uma análise mais fina para as políticas públicas de como estão se comportando os alimentos no Brasil. É como na medicina, você vai melhorando os instrumentos e vai conhecendo mais os problemas de saúde da nossa população. Aqui também nós estamos melhorando os instrumentos”, comentou ele.