O Coletivo SOMOS protocolou, na última terça-feira, 19, o Requerimento nº 175/2025, solicitando à Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) a implementação de políticas, programas e ações voltadas à saúde da população lésbica em Palmas.
De acordo com o texto, o objetivo é enfrentar barreiras históricas de acesso dessa população ao sistema de saúde, que incluem invisibilidade social, preconceito e lacunas nos protocolos de atendimento. Entre os principais desafios citados estão a crença equivocada de que mulheres lésbicas não estão em risco de desenvolver câncer de mama ou de colo do útero, a oferta de métodos contraceptivos sem adequação às práticas sexuais dessa população e um atendimento ginecológico baseado em suposições heteronormativas.
O documento também destaca como referência a campanha nacional do Ministério da Saúde, intitulada “Cuidar da Saúde de Todos. Faz bem para a Saúde das Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Faz bem para o Brasil”, que promove materiais educativos, capacitação de profissionais e a criação de comitês de apoio à gestão do SUS voltados à saúde LGBT.
A porta-voz do Coletivo SOMOS, Thamires Lima, destacou que a iniciativa busca garantir um atendimento mais justo e inclusivo na rede municipal “A população lésbica enfrenta invisibilidade e preconceito que impactam diretamente na sua saúde. Nosso objetivo com esse requerimento é assegurar que haja acesso adequado a exames, capacitação dos profissionais e campanhas de conscientização, para que essas mulheres tenham seus direitos respeitados dentro do SUS em Palmas” explica.
Thamires concluiu ressaltando a importância de ações específicas para essa população “Quando falamos de saúde, falamos de dignidade e de vida. É papel do poder público criar políticas que enxerguem todas as mulheres, sem exceção. Esse é o caminho para reduzir desigualdades e garantir que nenhuma fique para trás” conclui.