Na quarta-feira (13/8), a Raízen – que tem como sócias a brasileira Cosan e a anglo-holandesa Shell – que é a maior produtora de açúcar e etanol do mundo e uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre do exercício de 2025/26, de abril a junho. Os dados reforçaram a indicação de que a empresa vive uma crise financeira, após um ciclo de forte crescimento orgânico e inorgânico, interrompido pela elevação dos juros no Brasil.
Na quinta-feira (14/8), as ações preferenciais da Raízen negociadas na B3 sofreram um tombo de 12,5%. A companhia já vem apresentando um desempenho financeiro mais fraco desde novembro do ano passado. Os controladores decidiram mudar o pessoal-chave em sua gestão. Porém, a situação continuou se agravando.
A empresa informou em seu último balanço um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, uma receita líquida de R$ 54 bilhões, e uma dívida líquida de R$ 49 bilhões, que representava 4,5 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 12 meses – um índice acima do que o mercado considera como “saudável”, de até 3 vezes.