A prefeitura de Porto Alegre decretou, na noite desta quinta-feira (2), estado de calamidade pública na capital gaúcha. O Rio Grande do Sul enfrenta uma chuva histórica que já deixou 29 mortos e 60 desaparecidos.
O decreto da administração municipal classifica o desastre climático como de grande intensidade. Na prática, a medida autoriza a prefeitura a empregar todos os recursos e voluntários na assistência à população e no restabelecimento de serviços.
Segundo as projeções da Defesa Civil Estadual, o Guaíba deve ultrapassar a cheia de 1941, atingindo 5 metros no período do final da tarde desta sexta-feira (3). As regiões da zona sul de Porto Alegre, Barra do Ribeiro, Guaíba, Eldorado do Sul e as ilhas do Guaíba devem ser mais atingidas.
De acordo com a última medição divulgada pela Prefeitura, o rio já estava com 3,37 metros.
A Defesa Civil de Porto Alegre divulgou um novo alerta indicando a possibilidade de continuidade das chuvas extremas até às 12h da próxima segunda-feira (6).
“Estamos atuantes de forma ininterrupta em toda a cidade, mas pedimos atenção especial da população do Centro Histórico e do 4º Distrito. Evitem deslocamentos. O Guaíba está avançando e, apesar do fechamento das comportas do Cais Mauá, há a possibilidade de alagamentos nesta área”, alertou o prefeito Sebastião Melo (MDB).
De acordo com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), 304 pessoas estão acolhidas em abrigos temporários.
As aulas nas escolas da rede municipal permanecerão suspensas hoje (3), segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), e será mantido o regime de plantão para acolhimento de alunos que necessitarem.
Ao todo, 31 serviços de saúde foram impactados pela chuva e elevação do Guaíba. Destes, dez interromperam as atividades e 21 operaram com restrições. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) presta apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos resgates aeromédicos às vítimas das enchentes.
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