O mercado pecuário, que já vinha devagar e com frigoríficos com escalas de abates alongadas, terminou a semana “parado” devido à imposição das tarifas de 50% pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. Nesta sexta-feira (11/7), segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a liquidez foi abaixo do normal.
“No mercado de animais para abate, agentes estão receosos e em compasso de espera após o anúncio da última quarta-feira em relação à tarifa norte-americana sobre as exportações brasileiras”, afirma o Cepea. Poucos agentes abriram negócios para completar pontualmente suas escalas, com pressão baixista nos preços.
Com indústrias fora das compras, a cotação não mudou de quinta-feira para sexta-feira. Em todas as 32 regiões pecuárias acompanhadas pela Scot Consultoria, os preços não foram alterados. Em Araçatuba (SP) e Barretos (SP), praças que servem de referência para o mercado, a cotação do boi gordo seguiu em R$ 308 a arroba para o pagamento a prazo.
A indefinição no cenário externo impactou também a liquidez na reposição, informa o Cepea. Houve uma menor quantidade de animais ofertados em leilões, tanto para bezerro quanto para boi magro.
No mercado interno de carne bovina, o Cepea destaca que a tendência observada é de queda nos preços para os produtos com osso no atacado e para os cortes desossados.