Policiais penais encontraram quatro artefatos explosivos na Penitenciária Estadual de Dourados, em Mato Grosso do Sul, durante a Operação Mute, do Ministério da Justiça, nesta quinta-feira (25).
Os objetos foram encontrados durante as revistas nas celas e são artefatos explosivos artesanais, que após a remoção e isolamento, a Polícia Militar (PM) foi acionada com o grupo de bombas e explosivos do Bope para realizarem o procedimento para neutralização dos objetos.
Os policiais realizaram a análise visual do artefato e foi constatado que os mesmos mediam aproximadamente 15 centímetros, com um cordel detonante e, externamente, fragmentos de pregos e vidros. Todo o material foi enviado para análise pericial.
Além dos artefatos, a quarta fase da Operação Mute apreendeu 194 celulares escondidos em 1.044 celas revistadas por 1.582 policiais. A ação ocorreu em 51 presídios de todo o Brasil.
O objetivo da Mute é identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de cortar a comunicação do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
A operação tem atuação de policiais penais federais. Na ação, os agentes utilizam tecnologia para saber em quais celas têm aparelhos e, assim, realizam revistas em pavilhões.
Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Neste contexto, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) propõe medidas de implementação de rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e em conjunto com outras forças para o enfrentamento das comunicações proibidas no sistema prisional nacional.
Fases anteriores
A mais recente fase da operação foi entre janeiro e fevereiro. O balanço parcial da Senappen mostrou que 1.013 celas foram revistadas por 1.443 policiais em todo o Brasil. Um total de 316 celulares foram apreendidos em apenas um dia e 631 ao fim da operação.
Nas duas fases anteriores, 8.199 policiais penais foram envolvidos e 8.569 celas passaram por revista.
A primeira fase ocorreu de 16 a 27 de outubro, resultando na apreensão de 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados.
A segunda fase foi em 11 de dezembro e culminou na apreensão de 1.294 celulares em presídios. Em quatro fases, o total de aparelhos retirados dos presídios brasileiros é de 3.285 celulares.
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