Caso a inflação não retorne ao intervalo de tolerância da meta até o final do primeiro trimestre de 2026, o Banco Central terá que publicar uma nova carta explicando os motivos do descumprimento.
A exigência está prevista no Decreto nº 12.079/2024, que estabeleceu a metodologia de meta contínua.
O decreto diz que, após a divulgação da primeira carta, que ocorre quando a inflação permanece fora do intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central deve publicar nova nota em duas situações: se a inflação não retornar ao intervalo no prazo informado na carta anterior; ou se a autoridade monetária entender que é necessário atualizar as medidas ou o prazo esperado para o retorno da inflação à meta.
A carta publicada na última quinta-feira (10) estipulou o primeiro trimestre de 2026 como prazo para a inflação voltar ao intervalo de tolerância.
A meta de inflação fixada pelo CMN (Comitê Monetário Nacional) é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Ou seja, para considerar que o BC alcançou o alvo, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) não pode ser menor que 2,5% ou maior que 4,5% num intervalo de seis meses.
Na carta divulgada no último dia 10, o BC apontou fatores como atividade aquecida, expectativas desancoradas e inércia inflacionária como principais causas do estouro da meta.