Com a proximidade da final do Mundial de Clubes, chegou a hora de fazer um balanço do que funcionou e do que poderia ser melhor no torneio realizado nos Estados Unidos.
No próximo domingo (13), Chelsea e PSG entram em campo às 16h (de Brasília) no MetLife Stadium, em Nova Jersey. Quem vencer fica com o título da primeira edição do maior torneio de clubes da Fifa.
A próxima edição acontece daqui a quatro anos, em 2029. Até lá, a entidade que comanda o futebol poderá aprimorar ainda mais o torneio, que acabou conquistando o torcedor brasileiro. Veja o resumo da atual edição.
O que deu certo no Mundial
“Na na na na”
O tema oficial da Copa do Mundo de Clubes caiu nas graças da torcida. A música “chiclete” costuma tocar entre inícios de partidas, intervalos e fim de transmissões.
O famoso “na na na na na na”, que “gruda” na mente do torcedor, se chama “Freed From Desire”, da cantora italiana Gala Rizzatto (que a performa em inglês). Ela foi lançada em 1996 como primeiro single do álbum Come Into My Life.
Tecnologia a favor do jogo
A Fifa colocou em prática algumas inovações neste Mundial. E o impedimento semiautomático mostrou ser bastante eficiente na resolução de lances duvidosos.
O sistema utilizado combina inteligência artificial, múltiplas câmeras e sensores na bola para acelerar decisões com suporte do VAR.
Nova visão do campo
A câmera corporal utilizada pelos árbitros dos jogos foi outra tecnologia utilizada na competição.
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Trechos selecionados das imagens geradas ao longo dos jogos foram transmitidos ao vivo para o público. A iniciativa também aguçou a curiosidade do torcedor, que pôde acompanhar os principais lances de uma maneira incomum.
Torcida sul-americana faz a festa
Mesmo com toda dificuldade para entrar nos Estados Unidos, os torcedores do continente sul-americano viajaram para assistirem aos jogos.
As partidas dos seis times daqui (quatro brasileiros e dois argentinos) mostraram para o mundo a festa e empolgação do torcedor latino. Vale lembrar que os EUA possui muitos residentes estrangeiros.
A torcida do Boca transformou os jogos das equipes em uma verdadeira Bombonera. Palmeirenses, flamenguistas, botafoguenses e tricolores também fizeram bonito nas arquibancadas.

Premiação
Com o objetivo de atrair o interesse dos times europeus, a Fifa resolveu abrir o bolso e pagar premiações milionárias aos 32 times participantes.
O vencedor de PSG e Chelsea deve embolsar um valor acima dos R$ 600 milhões com o título do Mundial. Valor bem acima do que a Uefa costuma pagar na Champions League.
O Fluminense, brasileiro a chegar mais longe na competição, voltou para casa com R$ 330 milhões nos cofres. Este valor supera com sobras a premiação conquistada em 2023, quando venceu a Copa Libertadores e garantiu o valor de R$ 194 milhões.
O que poderia ser melhor no Mundial
Arenas gigantes, cadeiras vazias
O Mundial de Clubes contou com estádios colossais e muitos possuem capacidade para 60, 70 e até mais de 80 mil pessoas.
Esses estádios acabaram se tornando um verdadeiro peso para a Fifa. Diversas arenas foram palcos de jogos com espaços vazios e setores fechados por falta de procura.
A percepção que o torcedor teve é que diversos jogos estavam “vazios”. A vitória do Botafogo sobre o PSG contou com 35 mil pessoas em um estádio com capacidade para 92 mil espectadores. A ótica poderia ser diferente se fosse realizada em uma arena mais compacta.
Paralisações pelo mau tempo
As questões climáticas que atingem os EUA entraram em campo neste Mundial, e diversos jogos precisaram ser paralisados pelas autoridades.
A Fifa seguiu recomendações dos serviços meteorológicos e aconselhou a paralisação de pelo menos 30 minutos caso um raio seja notado nas proximidades do estádio.

A cautela é válida e a segurança de todos os envolvidos precisam estar em primeiro lugar, mas o que se viu foram confrontos paralisados em um clima propício para o andamento da partida, até com o sol dando o ar da graça.
Enzo Maresca, técnico do Chelsea, chegou a reclamar da situação, alegando que as interrupções prejudicam o ritmo de jogo e a concentração dos atletas.
Mundial de Clubes ou NBA?
A cerimônia de abertura dos jogos não foi bem recebida pelos torcedores. A Fifa resolveu inovar e “copiou” a NBA, com os jogadores sendo chamados individualmente ao entrar em campo.
Muitos jogadores mostraram timidez com a novidade e não interagiam com o público presente no estádio. Ou seja, não empolgou.
Janela de transferências com o Mundial rolando
Uma das reclamações de clubes e torcedores, principalmente do Brasil, foi a possibilidade que a Fifa deu aos clubes contratarem ao longo da competição.
João Pedro chegou há poucos dias no Chelsea e não estava no elenco durante a fase de grupos. O brasileiro estreou nas quartas contra o Palmeiras, fazendo uma boa partida, e foi crucial para a equipe inglesa bater o Fluminense na semifinal, com dois gols.
Abderrazak Hamdallah chegou ao Al-Hilal por empréstimo, mas atuou apenas 20 minutos pela equipe saudita, na derrota para o Fluminense nas quartas, e já voltou para sua equipe, o Al Shabab.