As melhores seleções femininas da América do Sul se reúnem no Equador, a partir desta sexta-feira (5), para a disputa da Copa América de 2025.
Além do título continental, estarão em jogo vagas nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2027.
Apesar da hegemonia histórica do Brasil, o torneio se tornou cada vez mais competitivo, como reconheceu até mesmo a maior estrela da história sul-americana: Marta, de 39 anos.
De volta da aposentadoria internacional, a camisa 10 disputa possivelmente sua última Copa América. Ela estreou na competição aos 17 anos e viu o cenário mudar.
Marta: “Essas jovens me puxam para frente”
“O futebol feminino na América do Sul era menos desenvolvido, mas o Brasil já estava à frente”, disse Marta em entrevista à Conmebol. “Agora é mais rápido, mais exigente. Essas jovens me puxam, mental e fisicamente — e eu adoro isso.”
O Brasil chega como favorito ao título com um elenco repleto de estrelas. Nenhuma, no entanto, supera Marta, que conquistou três títulos continentais e ganhou prata nas Olimpíadas de 2004, 2008 e 2024.
“Se for mesmo meu último torneio, é ainda mais importante manter o foco e aproveitar cada momento”, afirmou a atacante do Orlando Pride. “Quero dar o meu máximo — e, se possível, conquistar mais um título.”
Colômbia e Argentina aparecem como principais rivais
A Colômbia, rival do Brasil no Grupo B, também é forte candidata, com Linda Caicedo (Real Madrid) e Mayra Ramírez (Chelsea) liderando a equipe. Ambas foram destaques na campanha até as quartas da Copa do Mundo de 2023.
No Grupo A, ao lado das anfitriãs equatorianas, está a Argentina — única seleção a vencer o Brasil em uma final de Copa América, em 2006.
Impulsionada pelo crescimento de sua liga nacional, a equipe aposta na experiência da meia Florencia Bonsegundo. Ela destacou a crescente visibilidade do futebol feminino no país.
“Hoje temos mais visibilidade e mais meninas querendo jogar. Antes, tínhamos Messi e Riquelme como referência. Agora, o fato de termos esse papel é algo lindo”, disse à DeporTV.
Formato define vagas para Jogos Olímpicos e Pan
A competição reúne 10 seleções divididas em dois grupos. As duas melhores de cada chave avançam às semifinais e estão classificadas para os Jogos Pan-Americanos de 2027, em Lima.
As equipes que ficarem em terceiro lugar nos grupos disputarão o quinto lugar — que dá a última vaga para o Pan.
As duas finalistas da Copa América, por sua vez, estarão nos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles.
Caso o Peru, anfitrião do Pan, termine entre terceiro e quinto, a equipe em sexto lugar também herdará uma vaga.
Campeã continental encara a Europa na Finalíssima
A campeã da Copa América enfrentará a campeã europeia na Finalíssima Feminina de 2026, marcada para Los Angeles.
Desde 2020, a Conmebol realiza o torneio de forma bienal, como parte dos esforços para impulsionar o futebol feminino na América do Sul, segundo o presidente Alejandro Domínguez.
Brasil e Colômbia estão em estágio mais avançado, mas outras seleções ainda estão em processo de desenvolvimento.
Com sonhos olímpicos e a glória continental em jogo, a América do Sul promete grandes duelos no Equador.