O preço da soja caiu nesta quarta-feira (9/7) na referência do porto de Paranaguá (PR). Segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação era de R$ 134,91 a saca de 60 quilos, um recuo diário de 0,27%.
Em Luís Eduardo Magalhães (BA), de acordo com a consultoria AgRural, a cotação estava em R$ 117,00 a saca de 60 quilos, uma queda de 0,8% em uma semana. Segundo dados do Boletim de Safra da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a safra 2024/25 no oeste baiano teve um crescimento de 7,8% na área plantada em comparação a temporada passada, chegando a 2,135 milhões de hectares.
Já na bolsa de Chicago, a soja para agosto apresentou queda de 1,2%, cotada a US$ 10,0900 por bushel. A redução foi atribuída à pressão exercida pelos preços brasileiros no mercado internacional e pela forte demanda chinesa pela soja sul-americana, o que diminui o volume exportado pelos Estados Unidos.
Inicialmente, apesar de o Brasil ser o maior exportador mundial de soja, as tarifas de 50% sobre as importações de produtos brasileiros pelos EUA devem afetar pouco o preço do grão brasileiro. Isso porque os Estados Unidos têm participação bastante marginal como destino da oleaginosa brasileira. Em 2024, menos de 5% das cerca de 98,8 milhões de toneladas exportadas pelo país seguiram para o mercado americano, já que os EUA são, tradicionalmente, grandes produtores e também exportadores do grão.
No mercado interno, os preços da soja registram um leve recuo nesta semana, acompanhando a desvalorização observada no mercado internacional. O Brasil segue como o principal fornecedor de soja em grão para a China, o que tem impulsionado a valorização dos prêmios nos portos brasileiros.
Segundo a AgRural, nesta quarta-feira, foram registradas as cotações de R$ 115,50 em Balsas (MA); R$ 120 no Triângulo Mineiro; R$ 117 em Rio Verde (GO) e Dourados (MS); e R$ 112 em Sorriso (MT). Nos portos, os preços estavam em R$ 134 em Santos (SP) e R$ 134,50 em Rio Grande (RS).