As ações da Azevedo & Travassos disparavam nesta terça-feira (8) na bolsa paulista, após a holding divulgar que consórcio entre a sua controlada Heftos e a Construtora Colares Linhares venceu licitação para contrato de R$ 1,76 bilhão com a Petrobras para atuação no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ).
A licitação está relacionada à área de suprimentos da estatal, conforme o fato relevante enviado ao mercado pela Azevedo & Travassos nesta terça-feira, acrescentando que o processo ainda está sujeito à homologação pelas autoridades competentes da contratante.
O contrato prevê o fornecimento de bens e prestação de serviços relacionados a uma unidade de geração de hidrogênio, segundo o edital.
O CEO do Grupo Azevedo & Travassos, Gabriel Freire, afirmou à Reuters que a companhia participou de todos os certames relacionados ao Boaventura e que tem a expectativa de vencer outros lotes.
Segundo o executivo, a Heftos vem acompanhando, há cerca de três anos, estudos da Petrobras para plantas de refino e produção de combustíveis.
“Estávamos bastante preparados para participar do certame quando ele aconteceu”, completou, pontuando que poderá dar mais informações sobre o projeto depois que for homologado.
O Boaventura (antes conhecido como Comperj) contará com unidades para produção de combustíveis com baixo teor de enxofre e lubrificantes de grupo II e suas unidades auxiliares. Atualmente, ele recebe gás do pré-sal por meio do gasoduto Rota 3 e conta ainda com a maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Brasil.
Além da Heftos Óleo & Gás Construções, a holding também é formada pela Azevedo & Travassos Infraestrutura.
Por volta de 12h, os papéis da holding avançavam 10,2%, a R$ 0,54, tendo chegado a R$ 0,56 na máxima até o momento.
Petróleo e gás
Em comunicado separado ao mercado, a Azevedo e Travassos Energia, que nasceu da cisão dos negócios de energia e exploração e produção de petróleo da Azevedo & Travassos, disse que foi concluída com sucesso a perfuração de poço no Campo de Andorinha, na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
A operação está relacionada ao contrato de opção e cessão de participação firmado entre a sua subsidiária integral Azevedo & Travassos Petróleo (ATP) e Petrovictory Energia.
“Com base na avaliação petrofísica dos perfis elétricos convencionais e dos indícios de hidrocarbonetos nas amostras de rochas, foram identificados aproximadamente 13 metros de possível net pay, distribuídos em quatro intervalos portadores de óleo”, afirmou a companhia.
De acordo com a Azevedo e Travassos Energia, a equipe técnica segue analisando detalhadamente os registros e resultados obtidos.
Os papéis da empresa tinham elevação de mais de 11%, a R$ 0,69, na B3.
