O mercado pecuário apresentou poucos negócios fechados nesta sexta-feira (4/7), fazendo com que as cotações do boi gordo ficassem estáveis na maioria das regiões brasileiras, informa a Scot Consultoria.
Das 32 praças monitoradas pela Scot, 25 apresentaram os mesmos preços da quinta-feira. Em apenas sete regiões houve queda de valores: Belo Horizonte (MG), Dourados (MS), oeste da Bahia, sudeste e sudoeste de Mato Grosso, Cuiabá (MT) e oeste do Maranhão.
Nas praças de Araçatuba e Barretos, referências para o mercado de São Paulo, a cotação do boi gordo continuou em R$ 310 a arroba para o pagamento a prazo. Os valores do “boi China”, da vaca e da novilha também não mudaram.
A Scot destaca que grande parte das indústrias frigoríficas esteve fora das compras. A maioria dos negócios da semana foi realizado até quarta-feira, registrando um menor volume de negociações entre quinta e sexta-feira. As escalas de abate se mantiveram, em média, para nove dias.
Além disso, o escoamento da carne segue lento, o que continua pressionando o mercado interno. “A oferta de bovinos de confinamento começou a chegar ao mercado, porém ainda de forma tímida”, afirma a Scot.
Apesar da preocupação com os efeitos do inverno sobre as pastagens, as indústrias frigoríficas que estiveram em compras nesta sexta-feira enfrentaram resistência por parte dos pecuaristas, que demonstraram pouca disposição em negociar nos preços ofertados.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que a semana se encerra com dados confirmando a sequência de excelente desempenho das exportações de carne bovina brasileira. Em junho, o volume embarcado voltou à marca de 240 mil toneladas de carne in natura, ficando bem próxima da máxima deste ano atingida em abril.
Foram exportadas 241.099 toneladas de carne in natura, o maior volume para um mês de junho da história. Na comparação com maio, o aumento foi de 10,5% e, com junho de 2024, de 25,3%.
O preço médio foi de US$ 5.448 (ou R$ 30.240) por tonelada. O Cepea destaca que, mesmo com o dólar se desvalorizando de maio para junho, esse valor é 2,5% maior que a média do mês passado e 25,6% superior ao preço, em reais, de junho de 2024.