O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, defendeu nesta quinta-feira (3/7) a necessidade de o Brasil diversificar os destinos de suas exportações de café, hoje concentradas nos Estados Unidos e na União Europeia.
Segundo ele, apenas dois dos dez principais mercados compradores do café brasileiro estão na Ásia, apesar de o continente concentrar o maior crescimento global de consumo.
“A China, por exemplo, importa apenas 3% do que a União Europeia compra do Brasil”, afirmou, durante o evento internacional Coffee Dinner Summit, organizado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Rua também destacou o crescimento do número de cafeterias em países asiáticos e no Oriente Médio, apontando uma “geopolítica do café” em curso. Segundo ele, há espaço para o Brasil se posicionar estrategicamente nessas regiões e consolidar sua imagem como fornecedor confiável, seguro e estável.
“O Brasil é referência em sustentabilidade, e a indústria do café tem sido uma das que mais avançam nesse tema. O Mapa atua em conjunto com o Cecafé para garantir que essa mensagem chegue aos mercados estratégicos”, afirmou.
Para ele, a indústria do café é um dos “maiores exemplos” para cumprir a EUDR, a lei antidesmatamento da União Europeia, que entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2026 para grandes produtores.