O mês de julho começou com o mercado pecuário tentando encontrar um novo ponto de equilíbrio nas cotações do boi gordo, pressionadas com o aumento da oferta de animais, à medida que a qualidade das pastagens diminui com o avanço do inverno.
Nesta terça-feira (1/7), entre as 32 regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 19 apresentaram estabilidade nas cotações. Foram registradas quedas de preços em 13 praças: Mato Grosso (norte, sudeste, sudoeste e Cuiabá), sul de Goiás, oeste do Rio Grande do Sul, noroeste do Paraná, Santa Catarina, Marabá (PA), sudeste de Rondônia, sul de Tocantins, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Nas praças de Araçatuba e Barretos, referências para o mercado de São Paulo, as cotações da arroba do boi gordo e da vaca não mudaram, permanecendo em R$ 310 e R$ 283, respectivamente, para o pagamento a prazo. A cotação da novilha caiu R$ 2, para R$ 295 a arroba, e a do “boi China” recuou R$ 3, para R$ 315 a arroba.
Ao longo de junho, os preços do boi acumularam aumento em todas as 28 praças pesquisadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Porém, do início da semana passada até ontem, 17 praças acumulam ligeiras quedas, no máximo de 1%; em quase todas as outras, houve estabilidade.
Agora, no segundo semestre, o Cepea destaca que aumenta consideravelmente a participação dos confinamentos nos abates. “Uma olhada rápida na evolução de preços dos principais insumos mostra que a atividade tem sido favorecida, e o resultado aparece no crescimento do volume de animais confinados”, informa o Centro de Estudo. Em junho, a taxa de ocupação dos confinamentos esteve 26,7% acima da taxa de um ano atrás, conforme levantamento primário da DSM-Tortuga.
O Cepea também informa que os principais insumos do confinamento, incluindo o boi magro, tiveram reduções significativas de preços nos últimos cinco anos, ao passo que a arroba recuou menos de 1% em termos reais. “Chama a atenção também a valorização do bezerro acima da inflação do período”, afirma o Centro de Estudos.