Após a derrubada nas cotações, os papéis do cacau com entrega para setembro sobem 0,54%, para US$ 8.362 por tonelada, na bolsa de Nova York. A abertura do pregão já sinaliza um maior apetite dos compradores com a queda dos preços, ao mesmo tempo que existe ainda uma resistência à curto-prazo para que esse mercado não saia dos níveis de US$ 8.300 a tonelada. Nesta manhã, por exemplo, as negociações estão lentas e investidores podem tentar revender suas posições.
A volatilidade do mercado também está associada ao clima nas regiões produtoras de cacau, fundamento que não mudou. “Entre os principais fatores que sustentam essa tendência baixista no curto-médio prazo, destaca-se a melhora nas previsões climáticas para a África Ocidental, região responsável por grande parte da produção global de cacau”, argumenta Carolina França, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets.
Segundo a especialista, modelos meteorológicos indicam a possibilidade de chuvas acima da média em áreas-chave, gerando otimismo para o próximo ciclo, ainda que cauteloso, especialmente em Gana.
França também explica que as condições agronômicas das plantações do país também apresentaram sinais de recuperação, o que reforça as expectativas mais positivas.
As condições climáticas também causam desdobramentos nas negociações de café arábica para setembro, lotes que estão caindo 1,44% nesta manhã e operam a US$ 2,8775 por libra-peso. O movimento de queda nos preços vem acontecendo nos últimos dois meses, com o arábica registrando a mínima de um semestre no mercado futuro de julho, isto é, os contratos de primeira posição. Para as negociações em aberto, a perspectiva de oferta abundante de café está reduzindo os preços, afirma o boletim do Barchart.
Na última quarta-feira, o Serviço Agrícola Exterior (FAS) do USDA previu que a produção de café do Brasil em 2025/26 aumentará 0,5% em relação ao ano anterior, para 65 milhões de sacas, e que a produção de café do Vietnã em 2025/26 aumentará 6,9% em relação ao ano anterior, para 31 milhões de sacas, a maior em quatro anos. As perspectivas melhores nos dois principais produtores globais deve continuar pesando sobre as cotações.
Os contratos do açúcar para outubro, por sua vez, estão no campo positivo a 15,84 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 0,96%. O movimento recupera a dinâmica de baixa dos últimos dias.
O algodão de mesmo prazo de entrega também sobe. A alta é de 0,56%, para 68,06 centavos de dólar por libra-peso. Petróleo e dólar valorizados respingam sobre a pluma.