Antes da bola rolar no Mundial de Clubes, as previsões estatísticas eram quase unânimes: os clubes brasileiros teriam papel figurativo, e o título seria disputado entre gigantes europeus como Manchester City, Bayern de Munique e Real Madrid.
As expectativas baseadas em dados reforçavam o favoritismo do Velho Continente e praticamente descartavam qualquer protagonismo sul-americano.
O supercomputador da Opta, por exemplo, dava apenas 0,3% de chance de título a Palmeiras e Flamengo, que seriam as únicas esperanças do Brasil. Fluminense e Botafogo, segundo o modelo, tinham 0% de chance de levantar a taça.
Em compensação, a simulação da BoyleSports apostava alto em uma final europeia, com o Benfica superando o Manchester City na decisão.
No entanto, as previsões deixaram escapar um elemento fundamental do futebol: sua imprevisibilidade.
Fluminense cala a Inter e faz história
No mata-mata, foi o Fluminense quem tratou de dar o primeiro choque de realidade nos algoritmos. Ignorado pelas projeções, o Tricolor carioca venceu a poderosa Inter de Milão nas oitavas de final e avançou na competição.
Contra um adversário com elenco milionário, tradição e finalista da última Champions, o Flu impôs seu ritmo e teve a vitória repercutida até mesmo na imprensa internacional.
Al-Hilal elimina um dos favoritos
Se a vitória do Fluminense foi um golpe nos modelos preditivos, a eliminação do Manchester City foi um verdadeiro colapso estatístico.
O Al-Hilal, clube da Arábia Saudita, bateu o time de Pep Guardiola, que aparecia entre os principais favoritos ao título nas duas previsões. O resultado inédito deixou claro que nem mesmo os algoritmos mais sofisticados conseguem prever a imprevisibilidade do futebol.
Palmeiras segue, Flamengo fora
Entre os brasileiros, o Palmeiras confirmou a vaga nas quartas ao eliminar o Botafogo, mas o Flamengo, que segundo os supercomputadores tinha alguma chance de título, caiu diante do Bayern de Munique e foi eliminado do Mundial.