As condições climáticas nas principais regiões produtoras de café, cacau e cana de açúcar deram o tom das negociações destas commodities na bolsa de Nova York nesta sexta-feira. Os prognósticos são positivos para a produção de café e açúcar no Brasil e de cacau no oeste da África.
Após forte queda na produção, o continente africano tem recebido chuvas que contribuem para a recuperação do potencial produtivo na principal região produtora do mundo, somando-se às boas condições climáticas na Ásia e América Central.
Após déficit de 441 mil toneladas estimados para a oferta mundial em 2023/24, a previsão da Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês) é de um superávit de 142 mil toneladas em 2024/25, o primeiro em quatro anos. Com isso, os papéis da commodity com entrega para setembro encerraram a sexta-feira cotados a US$ 8.169 a tonelada, desvalorização de 7,2% em relação ao fechamento anterior.
Já o café tem sido pressionado pelo avanço da colheita da safra 2024/25 no Brasil, maior produtor mundial, e pelas boas condições climáticas para o desenvolvimento da safra 2025/26 no país.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado a colheita da safra 2025/26 de café no Brasil atingiu 35% da área prevista até o último dia 11 de junho, percentual acima da média dos últimos cinco anos, de 35%. Os papéis com vencimento setembro encerraram a sexta-feira a US$ 3,1505 a libra-peso, desvalorização de 2,25%.
Já o açúcar demerara com vencimento em novembro encerrou a última semana cotado a 16,57 centavos de dólar a libra-peso, 1,59% acima do registrado no último pregão. A valorização ocorreu após a commodity ter atingido a menor cotação em quatro anos, pressionada pelo aumento da oferta mundial nesta temporada.
Na Índia, as previsões são de uma produção de 35 milhões de toneladas em 2025/26, volume 19% maior ao registrado na temporada anterior. No Brasil, a previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) é de uma produção recorde, de 44,7 milhões de toneladas.
Por fim, os contratos futuros do algodão com vencimento em dezembro registraram queda de 1,23%, cotados a 64,04 centavos de dólar a libra-peso, enquanto os futuros do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) registraram queda de 1,16%, com o papel com vencimento em setembro cotado a US$ 2,3595 a libra-peso.