Nesta sexta-feira (13/6), os contratos de commodities agrícolas operam com movimentos distintos sobre pressão vendedora e fortes queda no cacau e café, contrapondo-se à firmeza do açúcar, enquanto o algodão permanece em terreno neutro, aguardando novos fundamentos para ganhar direção na bolsa de Nova York.
Os papéis do cacau para setembro, os mais negociados do momento, caem 2%, para aproximadamente US$ 9.054 por tonelada, depois de terem valorizado na véspera, gerando uma volatilidade típica das entradas de compradores e vendedores acuados esperando melhores preços. Os fundamentos seguem os mesmos: preocupações logísticas para escoamento da safra africana, como resultado desse ciclo em Costa do Marfim e Gana, além da elevação no prêmio de risco, conforme descreveu a Barchart.
Os lotes de café arábica para setembro abrem a US$ 3,3745 por libra-peso, queda de 2,27%. O grão segue pressionado pela colheita em andamento no Brasil, maior produtor, e pelos relatos positivos das safras do Vietnã e Indonésia, que indiretamente respingam no preço do arábica.
A cooperativa brasileira Cooxupé informou esta semana que 13,7% da safra de café já havia sido colhida, em comparação com 13,6% no mesmo período do ano passado. A Cooxupé é a maior cooperativa de café do Brasil e também a maior exportadora do produto no país. Além disso, a consultoria Safras & Mercado informou que, até 4 de junho, a colheita da safra 2025/26 no Brasil estava 28% concluída, ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos para esta época do ano, que é de 27%.
Já o açúcar demerara, negociado para setembro, iniciou o dia próximo de 16,79 centavos de dólar por libra-peso, subindo 0,54%, mesmo com a perspectiva de oferta global mais abundante, em especial na Índia e na Tailândia. Nesta manhã, o algodão de mesmo prazo abre estável, subindo de leve, em 0,13%, para os contratos de entrega em dezembro, precificados 65,65 centavos de dólar por libra-peso, refletindo incertezas sobre demanda industrial.