O ex-presidente Jair Bolsonaro deve guiar seu depoimento à Polícia Federal (PF) pela premissa de que não teve conhecimento prévio dos planos do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro de viver nos Estados Unidos. Bolsonaro será ouvido no inquérito aberto com o objetivo de apurar a suposta ação de Eduardo para incitar o governo de Donald Trump contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo interlocutores, Bolsonaro pretende afirmar que não sabia sequer que Eduardo Bolsonaro viajaria para os EUA. A expectativa, afirmam, é que ele também argumente que é legítima a ajuda financeira concedida ao filho. A ideia é argumentar que Bolsonaro tem o direito de “ajudar o filho, os netos, sua nora quando assim desejar, ainda mais em momentos de dificuldades econômicas e/ou transição profissional”.
Ao contestarem a versão de que Bolsonaro poderia ter articulado a ida de Eduardo aos Estados Unidos, aliados do ex-presidente investem ainda em um argumento: o de que ele não fala inglês. Ou seja, que o entrave do idioma o impediria de montar uma ação orquestrada em solo americano.
