Alok lançou seu novo álbum “O Futuro é Ancestral” na sexta-feira (19) e o apresentará já neste sábado (20) na comemoração do aniversário de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Lançado no Dia dos Povos Indígenas, o disco conta com a participação de oito comunidades brasileiras.
Com a participação de mais de 50 músicos indígenas, as nove novas faixas misturam cantos tradicionais com batidas de pop, hip hop e música eletrônica. Na apresentação, os artistas se juntarão ao DJ compondo o primeiro show do novo álbum.
A capa do álbum é a obra “Metrô-Pamuri-Mahsã”, de Denilson Baniwa, artista contemporâneo que aborda em seus trabalhos a questão dos direitos dos povos originários e a valorização da cultura indígena. Nesta composição, ele faz reverência a Jiboia, um importante elemento para as comunidades nativas.
“Vocês verão que não é preciso entender os idiomas indígenas para sentir o que eles têm a dizer. ‘O Futuro É Ancestral’ não é somente um projeto musical, ele é um movimento para reflorestar o imaginário da nossa sociedade e sua percepção em relação aos povos indígenas e a importância de sua presença em múltiplos territórios”, afirmou Alok.
Participam do projeto as etnias Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa. Iniciado em 2021, o novo trabalho já teve algumas músicas apresentadas em eventos como Global Citizen Live, em 2021, em Nova Iorque, nos Estados Unidos; e na pré-abertura da Climate Week, em 2022 e 2023.
Veja a explicação das músicas do álbum:
- “Sina Vaishu” (Yawanawa): fala sobre seguir o caminho dos ancestrais e sobre uma mudança de pensamento
- “Yube Mana Ibubu” (Huni Kuin): é extensão de uma oração e clama pela sobrevivência
- “JARAHA” (Guarani-Kaiowá): é um rap que fala sobre a vontade de retomada de suas terras
- “Canto do Vento” (Kariri Xocó): é um canto de conexão com os ancestrais e com a vida
- “Rap Nativo“: traz as palavras de um guerreiro, sobre sua cultura e ligação com o divino
- “Sangue Indígena” (Kaingang): é um grito de batalha pela defesa da vida e das terras indígenas
- “Pedju Kunumigwe” (Guarani Nhandewa) um convite para ouvir o som dos pássaros e da natureza
- “Manifesto Futuro Ancestral” (Célia Xakriabá): propõe uma reflexão sobre a origem cultural brasileira e traz a força da palavra indígena na sua luta e poesia
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