A Liga das Nações Feminina de vôlei (VNL) vai começar na quarta-feira, 4 de junho, com transmissão do sportv2. Na primeira semana da competição, a seleção brasileira jogará com o apoio da torcida, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Os fãs poderão acompanhar o início do ciclo olímpico e se acostumar a novos rostos – das 30 inscritas por José Roberto Guimarães na VNL, só oito disputaram os Jogos de Paris. Mesmo com as mudanças na equipe, a expectativa é de bons resultados e busca por um título ainda inédito. Mas quais poderão ser as pedras no sapato do Brasil durante o torneio? O ge fez essa pergunta a comentaristas e ao técnico Zé.
Em 2025, o calendário de seleções está recheado. No fim de agosto, começará o Mundial feminino, que aparece como prioridade para muitas equipes – e pode transformar a Liga das Nações em uma espécie de laboratório para testes. Por isso, é possível que algumas das principais estrelas sejam poupadas, especialmente nas primeiras semanas da VNL.
– As melhores seleções do mundo não estão prontas ainda. Muitos times terão as principais jogadoras no elenco a partir da segunda, terceira (semanas) – disse Zé Roberto, que não contará com a capitã Gabi nos jogos do Maracanãzinho, por exemplo.
Devido às incertezas sobre as escalações das equipes (só 14 atletas poderão ser relacionadas para cada jogo da VNL), Fabi Alvim, comentarista da Globo, ressalta que a seleção verde e amarela precisará ter cuidado com praticamente todos os adversários. Na primeira semana, além de Estados Unidos e Itália, tradicionais rivais, o Brasil enfrentará República Tcheca e Alemanha no Rio de Janeiro.
– Como estamos falando de uma seleção brasileira que talvez tenha ausências, a equipe precisará entrar ligada em todos os jogos da VNL. Talvez a Coreia do Sul, que tem passado por muitas dificuldades, seja um oponente mais tranquilo, mas os demais times vão oferecer desafios interessantes. Acho que o Brasil testará alguns novos nomes e pode ficar animado para o futuro, mas eu diria para termos cuidado – analisou Fabi, antes de ligar o alerta especificamente para a primeira semana da Liga das Nações:
– Estados Unidos e Itália são sempre pedras no sapato. Menos conhecidas no cenário do vôlei mundial, Alemanha e República Tcheca devem vir ao Rio com o que têm de melhor, e isso pode criar problemas. O Brasil precisa encarar todos os jogos como se fossem de primeira prateleira.
A opinião da comentarista – e bicampeã olímpica – vai ao encontro do que pensa Zé Roberto Guimarães. O técnico da seleção brasileira sabe que não terá vida fácil na VNL e, até por isso, preferiu aumentar o período de treinos. A equipe verde e amarela não viajou para amistosos. Durante a preparação para a Liga das Nações, ficou concentrada em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, com objetivo de aumentar o entrosamento e potencializar as jogadoras convocadas.
– Neste começo, precisamos ter cuidado com todas as seleções. Não estamos acostumados a jogar com a República Tcheca, mas a equipe delas é muito boa. Os Estados Unidos são uma escola importante e sempre brigam pelas primeiras colocações. A Alemanha fez amistosos, e a Itália é a atual campeã olímpica – avaliou o treinador.
Apesar da cautela adotada antes da VNL e de ressaltar as mudanças promovidas por Zé Roberto no elenco, Marco Freitas coloca o Brasil como um dos principais favoritos ao título da competição, junto com Itália e Turquia. Outras seleções estão em um patamar abaixo, na visão do comentarista.
– Na segunda prateleira, coloco China, Sérvia e Estados Unidos. Os EUA vêm com uma série de modificações em relação à equipe que conquistou a prata olímpica em Paris e trocou, inclusive, de técnico. Não é mais o Karch Kiraly (Erik Sullivan assumiu). Depois, eu adicionaria Japão e República Dominicana com um asterisco de seleções que podem surpreender – afirmou Freitas.
Independentemente de análises e previsões, o que vale mesmo é o desempenho com a bola em jogo. O primeiro desafio da seleção brasileira será nesta quarta (4), às 17h30 (de Brasília), contra a República Tcheca. A equipe verde e amarela ainda busca o primeiro título da Liga das Nações feminina, criada em 2018. No ano passado, o Brasil terminou na quarta colocação.
Veja jogos do Brasil na 1ª semana da VNL
- Quarta-feira, 4 de junho – República Tcheca x Brasil – 17h30 (de Brasília)
- Quinta-feira, 5 de junho – Estados Unidos x Brasil – 21h (de Brasília)
- Sábado, 7 de junho – Alemanha x Brasil – 13h30 (de Brasília)
- Domingo, 8 de junho – Brasil x Itália – 10h (de Brasília)