Os preços dos feijões apresentaram variações distintas na terceira semana de maio, refletindo o avanço das atividades de colheita da segunda safra e a dinâmica da demanda por diferentes padrões de qualidade. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam, porém, que as variações negativas foram menos intensas, o que, por sua vez, pode sinalizar que os preços teriam alcançado um patamar mínimo aceitável por vendedores.
No caso do feijão-carioca, dados do Cepea mostram que a fraca demanda resultou em queda nos valores especialmente em Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (23/5), no sul de Goiás, a cotação do feijão-carioca de maior qualidade estava em R$ 250 a saca. Já para o feijão-preto, a demanda mais aquecida acabou dando sustentação aos preços. Além disso, produtores estruturados optaram por armazenar os lotes, à espera de valorizações. Na sexta-feira, a saca de 60 quilos era cotada a R$ 132,08 no sul do Paraná.
No campo, a colheita da primeira safra está sendo finalizada, somando 97% da área até o dia 17 de maio, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No caso da segunda safra, a colheita tem sido realizada sobretudo no Sul do País, totalizando praticamente metade da área cultivada. Segundo pesquisadores do Cepea, chuvas na região, no entanto, interromperam temporariamente as atividades nos últimos dias.