O clima mais ameno favorece o aparecimento de doenças respiratórias ou o agravamento de outras consideradas crônicas. E nesse contexto, entra a fisioterapia focada na prevenção, tratamento e reabilitação de pacientes com disfunções no sistema respiratório.
A professora da Una de Sete Lagoas, Cláudia de Oliveira, explica que a especialidade é indicada para pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos. “A fisioterapia respiratória é indicada para doenças pulmonares crônicas (como asma, bronquite, enfisema, fibrose pulmonar), pós-operatórios de cirurgias torácicas ou abdominais, acúmulo de secreção brônquica ou dificuldade para expectorar, distúrbios neuromusculares que afetam a função respiratória, insuficiência respiratória aguda ou crônica, apneia do sono ou roncos, condicionamento físico prejudicado por doenças respiratórias e internações prolongadas ou acamamento (para prevenir complicações pulmonares)”, aponta a professora.
O principal objetivo desse tipo de fisioterapia é a promoção da melhora da função pulmonar, facilitar a respiração, além de contribuir para o paciente recuperar sua capacidade de ventilar de forma eficiente e segura. “Embora a fisioterapia respiratória seja segura e bem tolerada, existem algumas contraindicações relativas que exigem cuidado ou adaptação da técnica, como pneumotórax não drenado e hemoptise sem causa esclarecida. Nesses casos, o fisioterapeuta realiza uma avaliação criteriosa e adapta o plano de atendimento conforme a segurança do paciente”, explica Cláudia.
A fisioterapia respiratória pré-operatória
A fisioterapia respiratória pré-operatória é crucial para preparar o sistema respiratório para o impacto da cirurgia, especialmente em procedimentos torácicos, abdominais e cardíacos. O fisioterapeuta atua na avaliação da função respiratória, fortalecimento dos músculos e educação do paciente sobre exercícios que serão realizados no pós-operatório, reduzindo assim o risco de complicações e acelerando a recuperação.
De acordo com a professora, o estilo de vida influencia diretamente os resultados da fisioterapia respiratória. “Pacientes ativos fisicamente tendem a ter melhor mecânica ventilatória e maior força muscular respiratória, enquanto os sedentários podem apresentar rigidez torácica e padrões respiratórios ineficientes. Para esses últimos, a fisioterapia pode ser ainda mais impactante, promovendo ganhos visíveis na capacidade funcional e respiratória”, diz.