Os investidores globais estão comemorando o abrandamento da guerra comercial desencadeada pelas enormes tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que agitaram os mercados financeiros, interromperam as cadeias de suprimentos e alimentaram temores de recessão.
Os mercados de ações em todo o mundo subiram na segunda-feira (12) depois que os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir drasticamente as tarifas sobre os produtos um do outro por um período inicial de 90 dias.
O dólar à vista subia 0,72%, a R$ 5,6946 na venda, na esteira dos ganhos da divisa norte-americana no exterior, à medida que os investidores reagiam ao acordo comercial entre os dois países. Na sexta-feira (9), a moeda norte-americana fechou em leve baixa de 0,12%, a R$ 5,6551.
Futuros sobem
Os futuros de ações dos EUA também subiram depois da redução nas tensões comerciais com a China no fim de semana, reduzindo as tarifas para níveis muito mais baixos.
No mesmo horário, os futuros do Dow Jones subiam 2,61%. Já os futuros do S&P 500 subiram 3,1%, e os futuros do Nasdaq subiram 4%.
Bolsas da Ásia e Europa
O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,98%, enquanto o índice de tecnologia ganhou mais de 5%, ambos marcando os maiores saltos em um único dia desde o início de março.
No fechamento, o índice de Xangai teve alta de 0,82%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,16%.
O iuan se fortaleceu até 7,2001 em relação ao dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua contraparte offshore subiu mais de 0,5%.Play Video
“O resultado excede em muito as expectativas do mercado. Anteriormente, a esperança era apenas que os dois lados pudessem se sentar para conversar, e o mercado estava muito frágil”, disse William Xin, presidente do fundo de hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management em Xangai.
Na Europa, o índice DAX da Alemanha e o CAC da França subiram 1,2% e 1%, respectivamente, no início do pregão. O índice FTSE de Londres subiu 0,3%.
O petróleo Brent, referência global do petróleo, estava sendo negociado em alta de 2,8%.
“Isso está ganhando tempo para um acordo mais abrangente – permite tempo para que o processo e o ‘mecanismo’, nas palavras do secretário do Tesouro, Bessent, ocorram”, escreveu Neil Wilson, estrategista da plataforma de investimentos Saxo Markets, em nota na segunda-feira.
“Mas ele também enfatizou que o reequilíbrio estratégico da economia global ainda está em andamento, embora ‘nenhum dos lados queira uma dissociação’, que é o tipo de comentário que o mercado vai absorver.
Mas não é verdade – os EUA estão absolutamente tentando se dissociar.