A asma é um dos principais problemas de saúde no Brasil. Em 2024, cerca de 20 milhões de pessoas foram afetadas, de acordo com o Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag). Destas, estima-se que 5% a 10% – o que pode significar até 2 milhões de brasileiros – convivem com a forma grave da doença. A emergência da situação é evidenciada pelo número alarmante de óbitos: sete brasileiros com asma morrem todos os dias, sendo que os idosos com a forma grave da condição figuram no topo das estatísticas.
“As crises asmáticas tendem a se intensificar durante o outono e inverno, devido à maior circulação de vírus respiratórios nesses períodos, o que pode piorar os sintomas e complicações. Ao lado da rinite alérgica e da doença pulmonar obstrutiva crônica, é uma das enfermidades das vias áreas mais comuns. Caracteriza-se pela dificuldade para respirar, chiado no peito, respiração curta e rápida. Essas manifestações tendem a se agravar à noite e nas primeiras horas da manhã, além de serem estimuladas por exercícios físicos, exposição a alérgenos, poluição ambiental e mudanças climáticas”, explica Guenael Freire, infectologista do São Marcos Saúde Medicina Diagnóstica, da Dasa.
Embora não tenha cura, o tratamento adequado pode controlar e até minimizar os sintomas ao longo do tempo. Com acompanhamento médico regular e constante, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida normal e sem limitações. O controle da doença permite que os pacientes mantenham suas atividades diárias, sem restrições.
Vacinas que auxiliam na prevenção à asma
Além do tratamento tradicional, apostar em medidas preventivas pode apresentar um efeito ainda maior na qualidade de vida do asmático. A dica é manter ambientes limpos, reduzir a exposição à fumaça de cigarro e outros poluentes, além de praticar atividades físicas regulares, com orientação médica. Vacinas também desempenham um papel importante na prevenção de complicações respiratórias que podem agravar a asma. São elas:
- Influenza: a gripe pode causar inflamação nas vias aéreas, dificultando ainda mais a respiração e aumentando o risco de complicações respiratórias graves
- Efluelda: destinada a pessoas com 60 anos ou mais. Contém quatro vezes mais antígenos do que a vacina da gripe de dose padrão, o que proporciona uma maior proteção contra a influenza e suas complicações
- Vacinas Antipneumocócicas (Pneumo 13, 15, 20 e 23): protegem contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que podem levar à pneumonia, meningite e outras complicações respiratórias graves
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR): especialmente importante para crianças pequenas e idosos, pois ajuda a prevenir infecções graves no trato respiratório inferior, que podem desencadear crises de asma
Ainda que a medicina ofereça boas opções de tratamento para a asma e a maioria dos pacientes consiga ter uma vida tranquila, Guenael faz um alerta importante: “Em casos raros e extremos, a asma pode ser fatal, se a crise for forte e não tratada corretamente. Por isso, é fundamental manter o cartão de vacina atualizado, com os principais imunizantes contra doenças pulmonares, garantindo uma proteção extra.”