O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, foi o único representante do governo Lula na abertura da maior feira do agronegócio do país, a Agrishow, em Ribeirão Preto.
Os ministros relacionados ao setor, Carlos Fávaro, da Agricultura, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, citaram problemas de agenda e não compareceram.
A presença única expõe a dificuldade de relacionamento do governo Lula com o setor, a despeito das tentativas no início da atual gestão de Fávaro de aproximar ambos.
O vice-presidente, porém, tem intimidade com o setor pelo fato de ter sido governador de São Paulo por quatro vezes. No discurso neste domingo (27), ele fez gestos ao setor e disse que vai se empenhar para ampliar os recursos do Plano Safra.
“Sei da preocupação do Plano Safra. Vamos nos empenhar para ter um aumento do valor”, afirmou.
Além de Alckmin, compareceram também os governadores de Goiás, Ronald Caiado, e de Minas Gerais, Romeu Zema, ambos pré-candidatos a presidente em 2026.
De acordo com o presidente da Agrishow, João Marchezan, o chefe de gabinete de Lula informou a ele que o presidente não iria.
“O presidente Lula justificou a ausência por meio de um telefonema do chefe de gabinete que ele não poderia vir porque iria ao velório do papa Francisco mas que Alckmin viria”, disse a CNN.
De acordo com ele, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também alegou problemas na agenda.
“A Agrishow é apolítica e apartidária e convidamos todos a vir”, disse.
Outros dois presidenciáveis irão ao evento durante esta semana. governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, irá nesta segunda-feira (28), e o do Paraná, Ratinho Júnior, na terça-feira (29).
Marchezan disse ainda que a Agrishow deste ano deverá bater recorde de negócios. “Temos 800 expositores que devem movimentar negócios no valor de R$ 15 bilhões, mais que os R$ 13,5 bilhões do ano passado”, afirmou.