A realização da COP30 em Belém, capital paraense, em novembro, pode ser um trampolim para projetar o governador Helder Barbalho (MDB) no cenário nacional, avaliam aliados próximos.
Em seu segundo mandato, o governador é cotado para disputar uma vaga no Senado em 2026, mas também aparece como uma possível aposta do MDB caso o partido decida entrar na corrida presidencial.
Na avaliação de pessoas próximas, o desempenho do governador e o sucesso da COP30 podem lhe dar a visibilidade necessária para alçar voos maiores na corrida eleitoral nacional.
Inicialmente, Helder Barbalho era citado como uma alternativa para ser vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma disputa pela reeleição, substituindo Geraldo Alckmin (PSB). Essa possibilidade, porém, já é tratada como descartada pela cúpula do MDB.
Integrantes do partido evitam falar publicamente sobre o futuro político nacional de Barbalho e colocá-lo como um postulante ao Planalto. Temem que isso possa criar, durante a COP, melindres com o governo, com quem o governador mantém bom diálogo.
O apoio à reeleição de Lula divide o MDB, que ocupa três importantes ministérios no governo: o dos Transportes, com Renan Filho; Planejamento, com Simone Tebet; e das Cidades, com Jader Filho, irmão do governador do Pará.
Ao sediar a maior conferência climática do mundo em Belém, Helder Barbalho se insere no debate global sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo, atrai os holofotes para o Pará e será cobrado pela infraestrutura que conseguirá viabilizar na capital para receber as delegações internacionais.
Há uma pressão por investimentos em infraestrutura, segurança e logística para receber chefes de Estado e delegações de quase 200 países, além da expectativa em torno do legado que a COP30 deixará para a população.