Em todo dia 14 de abril, é o Dia Mundial da Doença de Chagas, uma doença tropical causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que é transmitido aos humanos através de um inseto mais conhecido como barbeiro. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) aproveita a data, para reforçar a conscientização da população, para a necessidade da prevenção e combate à doença, bem como os sintomas e sinais de alerta.
Em 2023, no Tocantins, as ações de vigilância em saúde realizaram a captura do barbeiro em 120 municípios. Destes, 90 capturaram triatomíneos contaminados com o protozoário transmissor da doença. Quanto às confirmações de casos, de 2007 a 2023, foram 58.
Segundo a assessora técnica da Doença de Chagas da SES-TO, Anália Fagundes Gomes, “a doença de Chagas apresenta duas fases, uma fase inicial que tem uma duração média de 60 dias e que é chamada Doença de Chagas Aguda e se não for diagnosticada e tratada irá se transformar em Doença de Chagas Crônica, com duração de toda a vida do portador”.
A doença é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que é transmitido, primariamente, ao homem através das fezes contaminadas do inseto conhecido como barbeiro. “Esta contaminação se dá quando o barbeiro, ao se alimentar, suga o sangue dos mamíferos, únicos reservatórios do protozoário na natureza. Assim sendo, a doença é causada pelo contato do homem com as fezes infectadas do barbeiro no local da picada, onde ele defeca após sugar o sangue, ou pela ingestão de alimentos contaminados”, explicou a técnica.
A profissional complementa que “os portadores da doença de Chagas passam a ser reservatórios do Trypanosoma cruzi, portando eles irão transmitir a doença por vias secundárias: ao doar sangue ou órgãos, a mãe com a doença de chagas durante a gestação pode transmitir ao bebê, no parto e na amamentação”.
Como é o tratamento?
Após a confirmação da doença, o tratamento deve ser indicado e acompanhado por um médico. Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dicas de prevenção
– melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
– usar telas em portas e janelas;
– impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa;
– evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
– construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos;
– retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
– fazer limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
– difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas;
– encaminhar os insetos suspeitos de serem “barbeiros” para o serviço de saúde mais próximo.