Depois de quedas acentuadas no fim da semana passada em razão da retaliação da China às tarifas dos Estados Unidos, as soft commodities abriram a sessão desta segunda-feira (7/4) em ritmo de ajustes técnicos, na bolsa de Nova York.
Destaque para algodão e café, que estão em curvas opostas nesta manhã. Os contratos da pluma para maio, os de maior liquidez no momento, sobem 1,97%, precificados a 64,61 centavos de dólar por libra-peso, recuperando um forte declínio do último pregão sobre a pressão de China e Vietnã, que são grandes importadores do algodão americano.
“A crescente guerra comercial aumentou os temores de inflação e desaceleração econômica, desencadeando vendas generalizadas em commodities e ações. Com as tensões comerciais em andamento e a mudança na dinâmica da demanda global, os preços do algodão provavelmente permanecerão voláteis no curto prazo”, explica o boletim da Trading Economics.
Já o café arábica continua em movimento de queda apoiado pelo potencial aumento de preços ao consumidor norte-americano, mas pela frente fria que chegou ao Brasil trazendo chuvas para regiões cafeeiras no fim de semana.
Os contratos com vencimento para maio recuam 1,34%, cotados a US$ 3,6095 a libra-peso, um dos menores valores do grão desde o início do ano. O fator pode levar investidores a aumentarem o ritmo de compra nos próximos dias.
Para Eduardo Carvalhaes, sócio do escritório e corretora de mesmo sobrenome, ainda há incertezas a serem ‘testadas’ pelo mercado até a próxima quarta-feira, dia 9 de abril, quando as tarifas entram em vigor. “As cotações do café nas bolsas de Nova York e Londres foram arrastadas nesse ‘tsunami’, e no Brasil, a cotação do dólar frente ao real disparou”, acrescenta o especialista.
No mercado do açúcar, os papéis de maio caem 0,53% nesta manhã, operando a 18,74 centavos de dólar por libra-peso.
No caso do cacau, há uma alta de 0,62% para os lotes de maio, que custam US$ 8.565 a tonelada em uma recuperação técnica, após subir muito e cair mais de 5% na última sexta-feira (4).