De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1940, a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 45,5 anos; em 2023, ela subiu para 76,4 anos. Segundo o Ministério da Saúde, esse crescimento é uma conquista social, resultado direto da melhoria das condições de vida. Fatores como o aumento do acesso a serviços médicos preventivos, avanços na tecnologia em saúde, expansão da cobertura de saneamento básico e incremento da escolaridade e da renda média contribuíram para esse progresso. A evolução do diagnóstico médico também permitiu avaliações mais rápidas e precisas, que colaboraram para tratamentos bem-sucedidos e, consequentemente, maior longevidade.
“E a população idosa está cada vez mais consciente da importância de acompanhar regularmente sua saúde. Com o aumento da expectativa de vida, eles têm buscado mais ativamente os serviços de saúde para prevenir e controlar doenças crônicas. Isso inclui a realização de exames preventivos, como checapes médicos, exames de imagem e testes laboratoriais, além da adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e gerenciamento do estresse. Em paralelo, os idosos também têm buscado mais informações sobre sua saúde e bem-estar, o que os ajuda a tomar decisões informadas”, destaca Juliana Guedes, gerente médica da área de radiologia e diagnóstico por Imagem (RDI) do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica.
Os principais exames de imagem para idosos
No que diz respeito à saúde dos idosos, alguns exames de imagem se destacam como opções fundamentais na rotina de cuidados:
Densitometria óssea: mede a densidade mineral dos ossos, avaliando a saúde óssea e detectando condições como osteoporose, osteopenia e fraturas por fragilidade. É indicado tanto para homens quanto para mulheres, sendo recomendado que o público feminino realize a cada dois anos.
Ecocardiograma: utiliza ondas sonoras para criar imagens do coração. É utilizado para avaliar a estrutura e a função cardiovascular, detectando condições como: insuficiência cardíaca, problemas com as válvulas cardíacas, tromboses e embolias.
Mamografia: permite o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que aumenta as chances de tratamento bem-sucedido. Além disso, monitora mudanças nas mamas ao longo do tempo e avalia a eficácia do tratamento em caso de tumor.
Ressonância magnética: especialmente para verificar alterações vasculares cerebrais e cervicais, e encefálicas em determinadas demências. Também é importante para diagnosticar lesões ou doenças das articulações, como osteoartrite, artrite reumatoide e lesões ligamentares.
Tomografia computadorizada: verifica a saúde de órgãos e tecidos para detectar condições como câncer, doença pulmonar e doença vascular.
Ultrassonografia: avalia a saúde de órgãos e tecidos para detectar condições como cálculos renais, doença hepática e câncer.
Alguns exames laboratoriais também são importantes para os idosos realizarem um acompanhamento periódico:
Exames de função tireoidiana: para monitorar a saúde da tireoide.
Função renal e hepática: para monitorar a saúde dos rins e do fígado.
Glicemia: para controlar o nível de açúcar no sangue.
Hemograma completo: para avaliar a saúde dos glóbulos vermelhos e brancos.
Lipidograma: para avaliar os níveis de colesterol e triglicerídeos.
Além disso, os exames de urina e fezes também são importantes para detectar infecções e outras condições. Esses exames laboratoriais ajudam a prevenir doenças, verificar o andamento do tratamento e melhorar a qualidade de vida.