O governo Lula planeja fazer um ato pró-exploração de petróleo na margem equatorial, durante a inauguração de uma base de emergência em Oiapoque (AP), custeada pela Petrobras.
A base tem uma simbologia importante para os defensores da exploração de petróleo na margem equatorial, porque era uma das exigências do Ibama para conceder a licença.
O Palácio do Planalto pressionou e a estatal acabou concordando em investir R$ 150 milhões nela, que deve estar pronta até o fim de março.
O plano original da Petrobras era que essa base ficasse apenas em Belém (PA), localizada a mais de 800km do Oiapoque. O município amapaense, que fica no extremo norte do país, na divisa com a Guiana Francesa, é onde se localiza o poço que a estatal pretende perfurar na bacia da Foz do Amazonas.
Com a proximidade da data, o governo planeja inaugurar com a presença de autoridades que defendem a exploração, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).Play Video
Nas últimas duas semanas, a pressão do governo sobre o Ibama se ampliou.
Começou no dia 3 de fevereiro, quando Lula disse, ao novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defender a exploração.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, dias depois, que já tinha apresentado todas as exigências ao Ibama.
Como mostrou a CNN, o governo passou a considerar, inclusive, a troca na presidência do Ibama caso a licença não saísse.
Nesta semana, Lula voltou à pressão e classificou, como “lenga-lenga”, a lentidão do Ibama para uma definição.