O PT mantém as discussões do seu grupo de trabalho eleitoral, mesmo após o pleito municipal, para o cenário de 2026. Um dos principais objetivos é a composição com outras legendas para o Senado a fim de enfrentar a ofensiva bolsonarista na Casa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já demonstrou preocupação com o avanço da direita na próxima legislatura.
A análise dos cenários para os petistas inclui a expectativa de apoiar mais candidaturas de partidos de centro do que as candidaturas do PT ao Senado, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Mesmo com a eleição de duas vagas por ente federativo, a ideia é manter a “frente ampla” da chapa presidencial para as disputas.
Mas mesmo no Nordeste, onde os petistas têm os quatro governadores eleitos, a decisão majoritária deve ser pela composição com outras legendas.Play Video
Um dos exemplos é o Ceará. Quadros petistas como o deputado federal José Guimarães (PT-CE) que poderia ser cotado para vaga ao Senado, pode ter que abrir mão para uma composição com o MDB.
Além de angariar apoios para a possível reeleição de Lula, as candidaturas de centro poderiam ajudar a “neutralizar” o crescimento do principal partido de oposição, o PL.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem foco total no Senado em 2026, argumentando que uma maioria de direita na Casa pode viabilizar o impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na próxima eleição, três familiares de Bolsonaro devem concorrem ao Senado. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve disputar uma vaga pelo Distrito Federal e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve concorrer por São Paulo. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disputará a reeleição.
Nesta legislatura, a maior bancada é do PSD, com 15 senadores. O PL é o segundo, com 12. O PT é a quarta maior, com 8 representantes.