O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão preventiva de Alan Rodrigues, de 26 anos, responsável por matar a ex-companheira a tiros em frente a um hospital, em São Francisco de Assis, cidade da Região Central, na última segunda-feira (27). O homem teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.
A decisão do juiz João Paulo Maceis, da 1ª Vara Judicial da Comarca de São Francisco de Assis, foi proferida na tarde da última terça-feira (28) em audiência de custódia. A prisão preventiva foi solicitada pela autoridade policial que investiga o caso.
O juiz fundamentou sua decisão na existência de provas da materialidade e indícios da autoria do crime.
Segundo o magistrado, “as circunstâncias do caso, especialmente a frieza do flagrado e a forma de execução, com 12 tiros, em plena luz do dia, em locais públicos (em emboscada próximo à residência da vítima, e, na sequência, em frente ao Hospital Santo Antônio), com grande fluxo de pessoas, demonstram, sem sombra de dúvidas, a necessidade da prisão preventiva do flagrado para salvaguardar a ordem pública, que certamente estará em risco caso ele seja colocado em liberdade neste momento”.
Informações preliminares apontam que o crime teria sido motivado pela disputa pela guarda do filho do casal, obtida pela vítima.
O juiz também destacou o descumprimento de uma medida protetiva de urgência, que proibia o agressor de se aproximar da vítima desde 23 de janeiro deste ano.
João Paulo Maceis justificou a concessão da medida protetiva, afirmando que, na época, não havia indícios de antecedentes criminais ou de comportamento violento do agressor. Por isso, as medidas judiciais, incluindo a busca e apreensão de armas, foram consideradas suficientes.
Relembre o caso
Uma mulher de 32 anos foi perseguida e morta a tiros pelo ex-companheiro em frente a um hospital na cidade de São Francisco de Assis (RS), a 430 quilômetros de Porto Alegre. O caso aconteceu na tarde da última segunda-feira (27) e foi registrado como feminicídio.
De acordo com o delegado Marcelo Batista, responsável pelo caso, o crime teria sido motivado por uma desavença entre o ex-casal por causa da guarda do filho, de 6 anos. A vítima já havia registrado ocorrência contra o suspeito e também possuía medida protetiva contra ele. O nome do suspeito não foi confirmado pelo delegado.
O delegado informa que, quando a mulher chegava em casa durante o horário de almoço, o suspeito descarregou um revólver 38 contra ela, que estava acompanhada do filho. Foram seis tiros, que atingiram o abdômen da vítima.
Após os disparos, a mulher foi levada para a emergência do hospital local. O suspeito perseguiu a vítima e, na porta do hospital, efetuou mais seis disparos contra ela.
A vítima não resistiu aos ferimentos. O suspeito fugiu, mas foi localizado e preso.
Confissão nas redes
Após o crime, o homem apontado como autor dos disparos fez uma publicação em uma rede social na qual confessou o crime.
