O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia foi recebido com “satisfação” pela indústria brasileira, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para a entidade, a finalização do acordo permitirá aos integrantes do Mercosul um instrumento para lidar com as mudanças comerciais e geopolíticas.
Os líderes dos dois blocos econômicos anunciaram a assinatura do acordo nesta sexta-feira (6). O anúncio foi realizado na cidade de Montevidéu, no Uruguai, durante a cúpula do Mercosul.
“Em um momento em que os países parecem estar optando por protecionismo, Mercosul e UE dão exemplo ao finalizar o acordo que dá contornos a um dos maiores blocos comerciais do mundo, com um mercado de 700 milhões de consumidores e um PIB nominal de mais de US$ 20 trilhões”, diz a Fiesp em nota.
Segundo a entidade, a conclusão do acordo reconhece as boas práticas ambientais e de sustentabilidade do setor produtivo brasileiro.Play Video
O Acordo traz um mecanismo para proteger o Mercosul de Lei Antidesmatamento da União Europeia, que prevê a proibição da importação para a UE de produtos originários de áreas que foram desmatadas a partir de 2020.
“A indústria confia que o acordo será um espaço de diálogo para a promoção do comércio em bases justas, como forma de superar eventuais medidas que restrinjam o fluxo de bens e serviços entre os blocos econômicos”, diz a nota.
A Fiesp diz também “confiar” em um espaço de diálogo para a promoção do comércio em bases justas, como forma de superar eventuais medidas que restrinjam o fluxo de bens e serviços entre os blocos econômicos.
“A Fiesp seguirá atuante para que possamos aproveitar este período de reduções tarifárias e viabilizar as ações necessárias para elevar a competitividade dos setores produtivos do Brasil”, diz o texto.
O Brasil representou mais de 80% do fluxo de US$ 112 bilhões de comércio entre Mercosul e UE em 2023, segundo a Fiesp.