Os contratos de soja, milho e trigo sobem na abertura da bolsa de Chicago desta terça-feira (3/12).
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A soja para janeiro avança 1,17%, cotada a US$ 9,9675 por bushel. A alta é impulsada pela melhoria do valor do óleo e o bom desempenho das exportações americanas, aponta a consultoria Granar.
O limite para a tendência de alta é imposto pelas boas condições climáticas na América do Sul, que favorecem o andamento da safra.
No Brasil, com o plantio mais adiantado do que o ano anterior e próximo do fim, a consultoria StoneX mantém sua estimativa em patamar recorde para a safra 2024/25 em 166,2 milhões de toneladas. Apesar das expectativas positivas, o clima deve continuar no radar.
“Nas últimas semanas, algumas regiões do Sul do país registraram uma umidade mais baixa, gerando alguma preocupação, mas as chuvas mais pesadas retornaram e as previsões continuam indicando bons volumes de precipitação”, pondera a especialista de inteligência de mercado, Ana Luiza Lodi.
O milho para março registra alta de 0,46%, a US$ 4,3450 por bushel, impulsionado por movimentos técnicos dos investidores após as quedas recentes. Além disso, o bom desempenho das exportações dos Estados Unidos e a produção semanal de etanol contribuem para a valorização do grão. Contudo, as perspectivas de novos ganhos são limitadas pelas boas condições climáticas que marcam o início da nova safra na América do Sul, conforme aponta a consultoria Granar.
As exportações de milho estão aquecidas, mas ainda abaixo do recorde da safra anterior, devido à redução na produção. A previsão para a exportação da safra 2023/24 foi revisada pela consultoria StoneX para 38,5 milhões de toneladas.
Para a safra 2024/25, caso a produção de 128,3 milhões de toneladas se confirme, o balanço do cereal deve ser equilibrado. Na revisão de dezembro, a StoneX também ajustou para baixo a estimativa de produção do milho de primeira safra 2024/25, que agora é de 24,6 milhões de toneladas, 1% abaixo da previsão anterior, devido à revisão da produtividade no Rio Grande do Sul.
O preço do trigo para janeiro registra alta de 0,96% e atinge US$ 5,5250 por bushel, impulsionado por compras de oportunidade dos investidores após quedas significativas nos dias anteriores, aponta a Granar.
A expectativa de uma redução gradual nas exportações da região do Mar Negro, devido a medidas restritivas dos governos da Ucrânia e da Rússia, favorece a tendência positiva.
No entanto, a valorização do dólar frente ao euro segue sendo um dos principais obstáculos para um avanço mais robusto dos preços.