Após novo indiciamento, aliados de Jair Bolsonaro (PL) temem um pedido de prisão contra ex-presidente. Avaliam, porém, que o “fator político” joga a favor.
Segundo relatos à CNN, o entorno de Bolsonaro entende a fragilidade diante das investigações, sobretudo pelo suposto plano de golpe.
A Polícia Federal (PF) já encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final sobre as acusações de uma trama para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.
O STF deve encaminhar o processo para a Procuradoria-Geral da República ainda nesta semana. A tendência é que Paulo Gonet apresente denúncia no ano que vem.
Apesar disso, o entorno do ex-presidente se apega à tese de que a prisão tem um “alto o custo político”, visto a fidelidade e o radicalismo de parte do bolsonarismo.Play Video
Não à toa, Jair Bolsonaro tem se colocado como opção em 2026, mas está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até segunda ordem, a orientação do PL é vender a possibilidade de reversão da decisão.
Nos bastidores, os próprios integrantes da legenda admitem que isso é improvável. A estratégia, no entanto, é investir no ex-presidente como nome principal da direita. Para aliados, Bolsonaro poderia inclusive se registrar como candidato, aguardar o impedimento da candidatura pela justiça eleitoral e, só depois, indicar outro nome.
O senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) chegou a ser ventilado como opção, mas ainda não há certeza sobre o movimento. Há quem defenda ainda que Bolsonaro se convença da indicação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) numa eventual chapa com a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL), inclusive, para frear outros nomes da direita, a exemplo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que já se colocou como opção para 26.