Na manhã desta quinta-feira, 31, o Núcleo de Prevenção das Violências, Promoção da Saúde e Cultura de Paz (Nupav) da Secretaria Municipal da Saúde (Semus) reuniu representantes de instituições que fazem parte do núcleo para o lançamento da I Campanha Laço Branco que será realizada em novembro em alusão aos ‘16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres’.
Durante o encontro, ocorrido na Defensoria Pública de Palmas, também foi assinado o Termo de Compromisso dos órgãos para participação e engajamento das ações de prevenção a serem desenvolvidas.
A campanha tem como objetivo engajar homens pelo fim da violência contra as mulheres. As atividades serão realizadas durante 16 dias de ativismo, sendo iniciada no dia 21 de novembro com uma caminhada pelo fim da violência na Avenida Palmas Brasil Norte.
Além disso, também serão desenvolvidas ações descentralizadas, como debates, oficinas temáticas sobre o envolvimento dos homens no fim da violência contra as mulheres e, ainda, a contribuição com o projeto de ‘Homem pra Homem’, elaborado e executado pelo 1º e 6º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Tocantins (PMTO).
A coordenadora do Nupav, Leyssane Arruda, destaca que a atuação de instituições governamentais, empresas e o cidadão civil têm um papel fundamental para acabar com o abuso e a morte de meninas e mulheres.
“A atuação masculina tem uma responsabilidade transformadora perante a sociedade de romper padrões culturais que perpetuam a discriminação e violência. Ter esse apoio e engajamento é um passo importante na caminhada pelo fim de violências e feminicídios existentes na Capital e é por isso que estamos comprometidos com essa luta”, afirma.
Laço Branco
A campanha foi lançada primeiramente no Canadá em 1989 como resposta a um ato trágico que resultou na morte de 14 mulheres.
A partir daí, expandiu-se internacionalmente com o intuito de incentivar os homens a se posicionarem contra a violência, atuando como aliados na defesa dos direitos das mulheres e meninas.
No Brasil, o movimento destaca ainda a importância de manter a sociedade atenta aos sinais de violência e de incentivar a denúncia com canais disponíveis 24 horas por dia para acolhimento das vítimas.
Canais de denúncia
A campanha reforça o uso dos canais de denúncia Disque 180 e Disque 100. O Disque 180, conhecido como a Central de Atendimento à Mulher, é um serviço disponível 24 horas por dia, todos os dias, que oferece orientações e acolhimento a mulheres em situação de violência.
Já o Disque 100 é um canal voltado para a proteção de direitos humanos, especialmente de grupos vulneráveis, incluindo crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.
Além disso, tem o 190 da Polícia Militar e a Central de Atendimento às Mulheres pelo (61) 9610-0180 (WhatsApp) e a Central de Atendimento à Mulher (CAM), que também funciona 24 horas.
Sobre o Nupav
O Nupav faz parte da estrutura da Semus e tem o objetivo de promover discussões sobre promoção da saúde, prevenção e intervenção das violências, o fortalecimento da rede de proteção e atenção às vítimas de violências, definição dos papéis dos serviços e atores da rede na corresponsabilização de reestruturação do fluxo de atendimento e na continuidade do cuidado de pessoas em situação de violências.
O Núcleo é composto por instituições governamentais e não governamentais, sendo elas: Semus, Secretaria da Saúde do Estado do Tocantins (SES), Secretaria Municipal da Educação (Semed), Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Secretaria Municipal da Mulher, Secretaria Estadual da Mulher, Secretaria Municipal de Políticas Sociais e Igualdade Racial de Palmas, Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju), Secretaria Estadual de Habitação, Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins, Polícia Militar do Estado do Tocantins (PMTO), Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins, Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica do Estado do Tocantins (ABMCJ/TO), Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Universidade Federal do Tocantins (UFT – Grupo de Extensão ‘Teoria e Prática Humanizada em Direito e Gênero’ do curso de Direito) e Distrito Sanitário dos Indígenas da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).