O Ministério da Saúde teve conhecimento dos casos de infecções por HIV em transplantados desde o mês de setembro. Porém, o caso só veio à tona no início deste mês, após a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmar que está investigando as infecções.
Ao todo, seis pessoas foram infectadas com o vírus HIV após receberam órgãos transplantados, devido aos resultados de exames com “falsos-negativos” para sorologia de HIV apresentados pelo laboratório PCS Lab Saleme, que, segundo a polícia, visava obter lucro.
Em nota, a pasta afirmou que “foi notificado, por meio eletrônico, em 13 de setembro, sobre a possibilidade de ter havido transmissão do HIV por meio de transplantes de órgãos no estado do Rio de Janeiro”, e que, naquele momento, “ainda não havia a confirmação de que a transmissão do vírus ocorrera por doação de órgãos”.
Diante da gravidade do caso, o ministério disse que “emitiu, de imediato, recomendações urgentes à Central de Transplantes do Rio de Janeiro e aos órgãos de controle”.
Entre elas, estão: investigar o ocorrido, localizar e notificar os receptores dos órgãos e tecidos, implementar o monitoramento clínico e laboratorial rigoroso dos receptores, inclusive da córnea, por um período ampliado, com vistas à detecção precoce de manifestação do vírus HIV, etc.
Por fim, a pasta afirmou que determinou a instalação de auditoria para apurar irregularidades na contratação do laboratório, bem como o atendimento adequado ao grupo de pacientes receptores dos órgãos.