O Ministério da Defesa espera concluir ainda no primeiro semestre a modelagem do concurso público para preencher cargos na pasta, hoje ocupados por militares. Conforme apurou a CNN, devem ser oferecidas 300 vagas.
Atualmente, o ministério conta com 249 servidores cedidos de outros órgãos — quase na totalidade da Marinha, Exército e Aeronáutica. Apenas 66 são de carreira, de concursos antigos. Outros 200 são cargos comissionados. As informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação.
A ideia do concurso é criar uma estrutura de cargos com postos de “assistentes, analistas e especialistas em Defesa”. Representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos se reuniram ao menos três vezes neste ano para tratar do tema.
De acordo com interlocutores da pasta, a pauta ganhou força após as recentes operações da Polícia Federal envolvendo militares.
Desde que assumiu o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem trabalhado para tentar despolitizar o Ministério da Defesa e as Forças Armadas.
A ideia do concurso público ocorre paralelamente á expectativa de votação pelo Congresso Nacional de uma Proposta de Emenda à Constituição que “disciplina” a participação de militares da ativa na política.
A proposta prevê que, ao se candidatar, o militar deixará automaticamente a corporação e, mesmo que não vença as eleições, não poderá retornar às Forças Armadas.
Já aqueles que tiverem ao menos 35 anos de carreira seguirão automaticamente para a reserva remunerada a partir do momento que decidirem entrar para a política.
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