Neste sábado (28), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com a Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS). A deputada está internada desde a última quinta-feira (26) no Hospital do Coração, em São Paulo.
O diagnóstico de Zambelli é uma síndrome que afeta cerca de 0,2% da população do país, segundo o Ministério da Saúde.
A síndrome afeta o sistema nervoso e se manifesta em sintomas quando a pessoa fica de pé.
O que é Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural (POTS)?
Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural (POTS) é uma condição que afeta o sistema nervoso e resulta numa resposta considerada anormal do corpo à posição vertical – ou seja, de pé.
De acordo com o Instituto de Medicina da Universidade Johns Hopkins, o distúrbio caracterizado por dois fatores: determinados sintomas que ocorrem quando a pessoa fica de pé ou o aumento da frequência cardíaca da posição horizontal para a posição em pé de pelo menos 30 batimentos por minuto.
“Quando ficamos de pé, a gravidade puxa mais sangue para a metade inferior do corpo”, explica a instituição em material informativo disponível online. “Em uma pessoa saudável, para garantir que uma quantidade suficiente de sangue chegue ao cérebro, o corpo ativa várias respostas do sistema nervoso.”
De maneira prática, toda vez que mudamos de posição, o coração altera a frequência cardíaca para manter o fluxo sanguíneo adequadamente distribuído pelo corpo. No caso de pessoas diagnosticadas com a POTS, essa regulação não funciona e faz com que os batimentos cardíacos sejam elevados e a pressão arterial seja alterada.
Quais são os sintomas da Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural?
Por conta do aumento dos batimentos cardíacos e alteração na pressão, a pessoa com a síndrome pode enfrentar sintomas como tontura, sensação de desmaio, vertigem, náuseas, vômito, sudorese, tremores fadiga, dor de cabeça, falta de concentração e fraqueza nas pernas.
De acordo com a Johns Hopkins, pessoas com POTS possuem vasos sanguíneos que não “respondem eficientemente” para se regular. “. Como resultado, quanto mais tempo você fica em pé, mais sangue se acumula na metade inferior do seu corpo. Isso faz com que não haja sangue suficiente retornando ao cérebro, o que pode ser sentido como tontura (desmaio), névoa cerebral e fadiga. À medida que o sistema nervoso continua a liberar epinefrina e norepinefrina para contrair os vasos sanguíneos, a frequência cardíaca aumenta ainda mais. Isso pode causar tremores, batimentos cardíacos fortes ou interrompidos e dor no peito.”
Algumas pessoas com POTS podem hipotensão (queda na pressão) ou hipertensão (aumento na pressão arterial) ao ficar de pé.
Ainda segundo a instituição, os sintomas podem piorar em situações como: ambientes quentes (banho ou chuveiro, sala fechada, dia muito quente), muito tempo em pé e ingestão não adequada de líquidos e sal.
Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural pode matar?
Segundo o Instituto de Medicina da Johns Hopkins, embora a Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural possa causar mudanças significativas na vida de alguém, a condição não é fatal.
O maior risco para pessoas com a síndrome é associado à quedas, causadas pelos desmaios.
Condição pode surgir em qualquer idade
Segundo o Ministério da Saúde, a condição pode “ocorrer em qualquer idade”, podendo surgir entre os 15 e 30 anos. “Estima-se que cerca de 0,2% da população tenha essa condição”, informou a pasta em publicação nas redes sociais.
De acordo com a Johns Hopkins, pesquisadores não entendem as causas exatas que resultam na síndrome, mas que é “mais comum em mulheres do que em homens”.