Cerca de 60 policiais civis – entre delegados, escrivães e peritos de todas as regionais – participam ao longo desta semana do curso de “Investigação de lavagem de dinheiro”, ofertado pela Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO), por meio da Superintendência de Segurança Integrada (SSI) e Escola Superior de Polícia (Espol). O curso iniciou nesta segunda-feira, 16, e segue até a próxima sexta-feira, 20, no auditório da Espol, em Palmas.
Durante a abertura, a diretora adjunta da Espol, delegada Lorena Josephine Oyama, destacou que a demanda pela realização do curso surgiu do delegado titular da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins), Antônio Onofre. “É com muita alegria que estamos aqui iniciando esse curso sobre um crime tão complexo e que é uma demanda dos próprios policiais. Delegado Onofre no ano passado nos procurou, sugeriu o curso e nós abraçamos porque sabemos que a expansão da organização criminosa é vertiginosa e uma das formas mais efetivas de desbaratar essas organizações é o estrangulamento financeiro delas”, destacou.
O delegado-geral adjunto Jeter Aires parabenizou a Espol e a SSI pela iniciativa. “Em meus 26 anos de policial nunca vi a Polícia Civil com tantas capacitações. Esse tema especificamente é muito necessário, não só para as delegacias especializadas, mas também para a circunscricionais, uma vez que recentemente uma investigação da 3ª DP, que era sobre jogos de azar, acabou culminando em lavagem de dinheiro”, ressaltou.
A superintendente de Segurança Integrada da SSP/TO, Maria de Fátima Holanda, reforçou aos policiais presentes que sempre que tiverem alguma demanda ou proposta de curso podem levar a sugestão à Espol e à SSI. “A partir da demanda de vocês, nós trabalhamos a ideia e montamos o curso, pois sabemos que o resultado desse investimento é investigações mais robustas, minuciosas e com excelente resposta para a sociedade”, destacou.
Primeira aula
A primeira aula do dia foi ministrada pelo delegado Gustavo Toledo, que atua na Superintendência de Inteligência e Estratégia, e fez uma abordagem histórica sobre o crime de lavagem de dinheiro. “Vamos abordar todo o panorama histórico, mundial e nacional, e os reflexos dessa evolução na nossa legislação. Além disso, vamos introduzir conceitos e apresentar a estrutura da rede nacional de laboratórios de tecnologia contra a lavagem de dinheiro”, destacou.
O delegado ressaltou ainda que saber como funciona o crime é primordial. “É extremamente importante e necessário porque desestruturar o crime, em seu pilar financeiro, talvez seja tão importante quanto a prisão, e às vezes até mais por conta da característica de determinados crimes financeiros”, frisou.