O Banco Central (BC) anunciou que vai realizar leilão de até US$ 1,5 bilhão no mercado à vista de câmbio na sexta-feira (30), das 9h30 às 9h35.
Em comunicado publicado na noite desta quinta (29), o BC informou que o leilão será referenciado na taxa Ptax. O resultado será divulgado por meio de comunicado, podendo haver aceitação total ou parcial do volume ofertado.
Esta é a segunda intervenção realizada pelo Banco Central no mercado de câmbio, com oferta de recursos “novos”, desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, no início de 2023.
Desde então, o BC apenas entrou no mercado uma vez, em 1º de abril deste ano, ofertando 20.000 contratos de swap cambial (US$ 1 bilhão). Na época, a instituição informou que a operação buscava atender parte da demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, previsto para 15 de abril.
Como a NTN-A3 era indexada ao dólar, o vencimento estava gerando demanda adicional por hedge (proteção) no mercado de câmbio.
A venda de swap cambial é uma operação cujo efeito é equivalente à oferta de dólares no mercado futuro.
Desta vez, o BC ofertará ao mercado dólar à vista, sem previsão de recompra. A oferta de US$ 1,5 bilhão desta sexta-feira surge após quatro dias de forte alta do dólar à vista: a moeda norte-americana subiu 1,19% nesta quinta-feira, para R$ 5,6227, acumulando elevação de 2,61% nas últimas quatro sessões.
Nas últimas semanas, dirigentes do BC foram questionados em diferentes eventos sobre o fato de a instituição não ter feito intervenções no mercado, mesmo quando o dólar superou os 5,85 reais durante a sessão de 5 de agosto.
Há meses o BC realiza diariamente operações de swap cambial para rolagem de vencimentos que se aproximam – neste caso, como é rolagem, não há colocação de recursos novos no mercado.