O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), informou que deve concluir nesta segunda-feira (12) a perícia inicial feita no local em que o avião da Voepass caiu em Vinhedo (SP).
Essa primeira etapa de atuação e análise no local do acidente aéreo é chamada de “Ação Inicial” pelo Cenipa, que atua desde sexta-feira (9), data da queda da aeronave que vitimou 62 pessoas.
Em entrevista coletiva neste domingo (11), o brigadeiro Marcelo Moreno disse que o órgão obteve 100% das informações de voz e dados dos momentos que antecederam a queda do voo.
A próxima fase da investigação é a análise de dados, que inclui o exame das “atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros”.
A previsão é que o Cenipa divulgue o relatório preliminar da investigação do acidente em até 30 dias.
Retirada dos destroços
Sobre a retirada da aeronave do local, o Cenipa afirmou que, conforme as normas aeronáuticas, será de “responsabilidade do explorador da aeronave providenciar e custear a higienização do local, dos bens e dos destroços de modo a evitar prejuízos à natureza, à segurança, à saúde, ou à propriedade de outrem ou da coletividade”.
Assim, caberá à companhia aérea Voepass fazer a retirada do avião após a liberação por parte da investigação do Cenipa e das autoridades policiais.
O Voo 2283 decolou de Cascavel (PR) e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. O avião despencou girando sobre um condomínio de casas em Vinhedo, caindo sobre um terreno ao lado de residências.
Acidente em Vinhedo (SP) é o 5º pior da história envolvendo ATR 72
A queda deixou 62 mortos, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Pessoas em solo não foram feridas. O acidente aéreo é considerado o pior desde 2007 registrado no Brasil.