A colheita da safra de soja 2023/24 do Brasil estava em 29,4% da área total esperada, até o dia 16 de fevereiro, segundo estimativa da Safras & Mercado. Na semana anterior, o índice era de 21,6%.
Os trabalhos estão mais adiantados se comparados com o mesmo período do ciclo passado, que era de 20,9%, e também superam a média dos últimos cinco anos, de 24,4%.
Já a AgRural estima que a colheita de soja da safra 2023/24 atingiu na quinta-feira (15/2) 32% da área cultivada no Brasil. Uma semana antes, estava em 23% e, no mesmo período do ano passado, em 25%.
O ritmo seguiu puxado pelo Mato Grosso e Paraná, onde os trabalhos já avançam para a reta final em algumas regiões.
“Mas o destaque da semana foram as chuvas registradas no Rio Grande do Sul, que colocaram freio ao estresse hídrico enfrentado pelas lavouras devido a um período mais quente e seco no início de fevereiro. Com grande parte das lavouras em enchimento de grãos, porém, o estado precisa de mais chuva nas próximas semanas para não registrar perdas mais significativas de produtividade”, disse a consuloria, em nota.
Milho safrinha
Mais rápido da série histórica, o plantio da safrinha chegou a 59% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil no dia 15, em relação a 38% na semana anterior e 40% um ano antes, de acordo com levantamento da AgRural.
A semeadura tem sido puxada pelo Mato Grosso e Paraná, mas com ritmo forte também em outros estados, disse a consultoria.
O milho verão 2023/24 do Centro-Sul, por sua vez, estava 34% colhido na mesma data, ante 25% na semana precedente e 19% no mesmo período do ano passado.
Exportações
A consultorias Safras & Mercado reduziu sua estimativa para as exportações brasileiras de soja em 2024 de 95 milhões para 94 milhões de toneladas. No ano passado, o país comercializou 101,86 milhões de toneladas.
A consultoria manteve sua previsão de esmagamento em 54,3 milhões de toneladas em 2024, ante 53,5 milhões de toneladas em 2023.
A importação de soja deve ficar em 110 mil toneladas em 2024, em relação a 181 mil toneladas em 2023.
A oferta total de soja no país deve recuar 6% entre as temporadas, para 154,49 milhões de toneladas. A demanda total ficou projetada pela Safras em 151,3 milhões de toneladas, recuando 5% sobre o ano anterior. Dessa forma, os estoques finais deverão cair 40%, passando de 5,306 milhões para 3,192 milhões de toneladas.
Subprodutos
A Safras estimou que a produção de farelo de soja neste ano some 41,68 milhões de toneladas, com alta de 1% na comparação anual. As exportações deverão cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno ficou projetado em 18,5 milhões, aumentando 3%. Os estoques deverão subir 87% para 4,67 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá aumentar 1%, para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,5 milhão de toneladas, com queda de 36%. O consumo interno deve subir 10%, para 9,5 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 18%, para 5,2 milhões de toneladas. A previsão foi de estoques recuando 4% para 485 mil toneladas.
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