Manter a saúde dos filhos em dia é uma preocupação constante para os pais. Embora muitas vezes as crianças pareçam saudáveis, visitas regulares ao pediatra são essenciais para garantir o desenvolvimento adequado e prevenir problemas futuros dos pequenos.
A quantidade de visitas necessárias ao pediatra vai depender da idade da criança e das necessidades específicas de cada caso, conforme diz a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mas a primeira consulta deve ser feita antes mesmo do nascimento.
“É recomendado que a primeira consulta seja feita no último trimestre da gestação, já que o estilo de vida da gestante, como alimentação, atividade física, sono e estresse interferem na saúde do bebê”, explica o pediatra Paulo Telles.
A reportagem da CNN ouviu três pediatras para esclarecer quais os sinais de alerta mais comuns em crianças e explicam quando é hora de levar os pequenos ao médico. Confira abaixo!
Recém-nascidos até completar 1 ano
Nos primeiros meses de vida, as consultas médicas são mais frequentes, sendo a primeira logo nos primeiros dias após o nascimento.
“Nas situações mais comuns, a recomendação é de três consultas para bebês com cinco a 30 dias de vida; uma vez por mês entre dois e seis meses de idade; e uma visita a cada dois meses a partir dos sete meses do bebê”, explica Aline Piedade, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Essas consultas são importantes para monitorar o crescimento, desenvolvimento e administrar vacinas essenciais.
De 1 a 3 anos
Após o primeiro ano, as consultas podem ser espaçadas a cada três meses até a criança completar dois anos e, depois, a cada seis meses até os três anos.
Nessa fase, a atenção se volta para habilidades motoras, o desenvolvimento da linguagem e socialização.
Acima de 4 anos
A partir dos 4 anos, consultas anuais são suficientes para crianças saudáveis. Essas visitas incluem avaliações físicas, atualização das vacinas e discussões sobre hábitos alimentares e sono.
Para crianças acima de 11 anos e adolescentes até os 18 anos, a recomendação é manter consultas anualmente, podendo ser semestrais ou até com menor espaço de tempo de acordo com cada paciente.
Nessa fase, o foco não é apenas na saúde física, mas também no bem-estar emocional e social. É um período importante para o profissional passar informações sobre puberdade, sexualidade e saúde mental.
“Na adolescência, há mais questões relacionadas com o comportamento biopsicossocial, o crescimento é mais rápido de novo, as coisas são muito ágeis na adolescência. É importante estar atento para a atividade física, para a alimentação, para as questões relacionadas ao sedentarismo, ansiedade e questões psiquiátricas de forma geral, já que é um momento de muitas mudanças”, explica Silvana Vertematti, pediatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Sinais de alerta
Além das consultas regulares, os pais devem ficar atentos a alguns sinais que indicam a necessidade de procurar ajuda médica. Veja os principais sinais de alerta listados pelos profissionais:
- Febre: temperatura de 38° que persiste por mais de 72 horas podem ser indicativas de infecções;
- Vômitos e diarreia persistentes: principalmente se eles vêm acompanhados de sinais de desidratação, como boca seca, ausência de lágrimas ao chorar e redução na quantidade de urina;
- Dificuldade para respirar: respiração rápida, chiado no peito ou esforço visível para respirar;
- Alterações no apetite: recusa persistente de alimentos e líquidos ou dificuldade para mamar;
- Mudanças no comportamento: apatia, irritabilidade excessiva ou alterações no sono;
- Dor: dor persistente em qualquer parte do corpo, especialmente na cabeça, no abdômen ou peito deve ser investigada.
Calendário de vacinação
A vacinação é uma das formas mais eficazes de proteger as crianças e os adolescentes contra diversas doenças, sendo muitas delas consideradas graves. Por isso, seguir o calendário de vacinação recomendado pelo Ministério da Saúde garante que seu filho esteja protegido.
“Manter a vacinação das crianças em dia é fundamental para protegê-las contra doenças graves e potencialmente fatais, como sarampo, poliomielite e meningite, por exemplo”, diz Aline Piedade.
“Isso reduz significativamente o risco de contrair essas doenças e de sofrer complicações associadas a elas. Além disso, as vacinas ajudam a fortalecer o sistema imunológico das crianças, preparando-o para combater infecções futuras. Ao introduzir uma forma enfraquecida ou inativa do patógeno, o corpo aprende a reconhecer e a responder rapidamente a infecções reais, criando uma defesa mais eficiente”, acrescenta.
As vacinas que integram o calendário nacional de imunização são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde.
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