A atriz Lilía Cabral completa, neste sábado (13), 67 anos e jamais deu vida a uma Helena de Manoel Carlos, mesmo integrando o elenco de quatro novelas do escritor e tendo sido indicada duas vezes ao Emmy Internacional de Melhor Atriz.
A estrela de “Fina Estampa” e “Império” fez sua estreia nas tramas de Maneco em 1995, quando interpretou Sheila em “Histórias de Amor”. Depois vieram ainda Ingrid em “Laços de Família”, Marta em “Páginas da Vida” e Tereza em “Viver a Vida”. Com exceção da segunda novela, nelas todas a atriz se destacou por dar vida a vilãs poderosas.
Essa foi, inclusive, a justificativa dada por Manoel Carlos para nunca ter dado a ela uma Helena, como fez com outras grandes atrizes contemporâneas de Lília, como Christiane Torloni, Regina Duarte e Vera Fischer. Em uma carta recebida por Lília no “Tributo — Manoel Carlos”, disponível no Globoplay, o autor explicou que via a atriz como antagonista ideal para duas tramas.
“Ela é a antagonista ideal. Se eu boto ela de helena, quem é a antagonista da Lília Cabral? É difícil, você entende? Ela é muito boa antagonista, ela é que combate a heroína, a rival da heroína. Ela nunca foi vilã, ela tinha razões para ser do jeito que ela era. É difícil dar uma protagonista para ela nas minhas novelas. Ela fez quase todas e sempre se destaca. Não adianta dar papel pequeno para a Lília, ele fica grande”, escreveu o autor.
Em sua entrevista ao especial da plataforma de streaming, a atriz paulistana formada na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP) enalteceu os papéis de vilã que recebeu de Manoel Carlos e lembrou que chegou a ser indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz duas vezes: a primeira, em 2007, por seu papel em “Páginas da Vida”; a segunda, em 2010, com “Viver A Vida”.
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