Com a coreografia “Ram Leela”, a Companhia de Dança EGC Movimento da Escola Professora Elizângela Glória Cardoso, de Palmas, conquistou o prêmio de 2º lugar no Festival Internacional Dança Goiás 2024. Foi uma apresentação de excelência que emocionou o público e apresentou um trabalho de alto nível artístico e técnico. O festival foi realizado no período de 2 a 7 de julho.
A coreografia “Ram Leela”, criada pela professora Tatiane Meire Martins, foi apresentada por 15 bailarinos e obteve a maior nota na modalidade Dança Popular/Folclóricas, categoria adulta.
A professora Tatiane ressaltou o significado do resultado para a vida dos estudantes. “Eu sinto muito orgulho com o crescimento e evolução dos dançarinos e com a garra e determinação com que eles buscam mostrar o que sabem fazer e sua paixão pela dança. Com certeza, essa conquista irá motivá-los ainda mais a continuar treinando e buscando melhorar cada vez mais”, enfatizou.
O grupo tem em seu repertório de trabalho as danças folclóricas indianas, uma modalidade que se transformou na identidade da companhia, que participa de festivais desde 2022. Esta ainda participará, de 15 a 27 de julho, do 41º Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina.
O diretor da escola Elizângela, José Antônio Aguiar Gama, ressaltou a importância dessa conquista para a instituição de ensino. “A Companhia de Dança EGC Movimento faz parte do Clube de Dança, representa a promoção da arte e da cultura na escola, ajuda a desenvolver competências essenciais, promove o acesso a apresentações artísticas para os jovens protagonistas que estão elaborando os seus projetos de vida. E com o prêmio, estamos muito orgulhosos, em presenciar esses jovens se desenvolverem e conquistarem seus espaços no Tocantins e em outros estados”, comentou.
A dançarina Sofia Coelho Brito falou do quanto a dança é essencial para a sua vida. “A dança, para mim, é uma forma de nos expressar através dos movimentos do corpo. É um sentimento que apenas o dançarino pode passar. A dança também é uma forma de desenvolver o talento, ela não só aprimora os passos ou a coreografia, mas também trabalha a mente, as emoções”, descreveu.
Sofia também ressaltou o trabalho realizado de forma coletiva. “Dançar em conjunto é um trabalho em equipe, onde todas as partes contribuem para uma belíssima coreografia. A dança em grupo representa uma comunhão, afinal, se um errar, o outro ajuda. Um trabalho em equipe movido pela vontade de todos. A conquista de um prêmio é um passo importante para o grupo. Algo que você espera por tempos e treina para chegar e conquistar. Nem sempre seremos honrados com um primeiro lugar, mas isso faz parte de um processo de aprendizagem. A conquista de um prêmio é como um resultado final de seu esforço”, afirmou a dançarina.
Ana Julya Ferreira Rocha falou dos significados da dança para a sua vida. “A dança é arte, é conhecimento, é se sentir livre, é a fala em forma de movimento. Participar de um festival tão importante e subir no pódio é algo sem explicação. O prêmio nos proporciona mais vontade de dançar cada vez melhor. Para mim, a dança é vida”, enfatizou.
A coreografia
Criada pela professora Tatiane Meire Martins, a coreografia “Ram Leela” representa uma celebração vibrante e enérgica que captura a essência das festividades tradicionais indianas. “Fizemos referência a instrumentos de percussão que são fundamentais em muitas celebrações culturais na Índia. Esses instrumentos não apenas fornecem o ritmo, mas também simbolizam a alegria e a união comunitária durante os festivais”, contou a coreógrafa.
O encanto e a beleza presente na dança se deve a repetição constante de ‘nagada sang dhol baaje’ e ‘dhaayn dhaayn dhum dhum dhaayn’ que cria uma atmosfera hipnotizante e festiva, convidando todos a se juntarem à dança e à celebração.
“A música Nagada Sang Dhol fala sobre libertar-se das amarras e deixar-se levar pelo ritmo e pela energia do momento. Essa mensagem de libertação e entrega à alegria é um tema comum em muitas músicas festivas indianas, refletindo a importância de momentos de felicidade coletiva na cultura”, explicou Tatiane.
A avaliação
Os trabalhos foram julgados por uma comissão formada por artistas renomados e conforme os critérios do regulamento do festival, cada grupo teria que alcançar determinadas pontuações para obter o 1º lugar, o 2º lugar ou o 3º lugar. No caso, da modalidade Dança Popular/Folclóricas, categoria adulto, nenhum grupo obteve a pontuação exigida que era de 9.0 a 10.0. Por isso, a Companhia de Dança EGC Movimento, mesmo tirando a maior nota no festival, ficou em o 2º lugar com a nota 8,93.
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