Após a morte da influenciadora digital Aline Ferreira, de 33 anos, na última terça-feira (2) depois de ter passado por um procedimento estético em uma clínica de Goiânia (GO), entidades médicas têm alertado sobre os riscos da injeção de Polimetilmetacrilato (PMMA).
Nesta quarta-feira (4), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiram notas que reforçam que apenas médicos têm autorização para realizar procedimentos invasivos, de acordo com a Lei 12.842/2013.
A responsável pelo procedimento, Grazielly da Silva Barbosa, é dona da clínica, que foi fechada por falta de alvará e da apresentação de profissional responsável com habilitação necessária. Ela está presa. Grazielly se apresentava como biomédica, mas não tinha formação na área.
Os resultados imprevisíveis e indesejáveis, incluem reações incuráveis e persistentes. Entre os efeitos estão edemas locais, processos inflamatórios, reações alérgicas e formação de granuloma; e tardia, anos após a realização da injeção.
O procedimento de Aline foi realizado no dia 23 de junho e começou a passar mal dias depois e foi internada no Distrito Federal, em Brasília.
A injeção de PMMA não é recomendado para fins estéticos generalizados por diversas entidades médicas, alerta o SBD. A substância é considerada uma forma de tratamento de lipoatrofias severas, como por exemplo em pacientes que convivem com HIV/AIDS.
Preparo de emergência
As entidades alertam que procedimentos como a correção estética de glúteos devem ser feitos em estabelecimentos de saúde, como consultórios médicos, clínicas e hospitais, locais onde é possível observar os quesitos de biossegurança dos procedimentos.
Exames prévios
Os procedimentos estéticos invasivos devem ser precedidos de consulta médica e exames específicos para reduzir as chances de complicações, reitera o CFM. O órgão afirma ainda que, sob qualquer circunstância, a realização dos procedimentos deve ocorrer apenas em ambientes que respeitem as exigências da Vigilância Sanitária e do CFM.
A avaliação prévia do paciente com atendimento médico responsável são necessários para seguir com procedimentos invasivos.
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